Logo Folha de Candelária
25/08/2009 16:56
Por:

Falta de bafmetro gera indignao

A proprietária da loja Baratão, Ivete Regina Schmitt, procurou a reportagem da Folha para questionar a falta de bafômetro na Brigada Militar de Candelária e de plantão médico 24 horas no Hospital Candelária. Ela justifica a indignação por ter tido destruídas várias prateleiras e mercadorias na segunda-feira, 9, quando um Chevette desgovernado ingressou na calçada em frente à loja. Na ocasião, ninguém se feriu.
A proprietária destaca que se os policiais tivessem o bafômetro poderiam ter feito o teste de embriaguez no motorista. “O mesmo poderia ter sido feito no hospital se houvesse médico plantonista naquela hora”, afirma Ivete. A proprietária lamenta o fato de ser feito apenas o registro da ocorrência, visto que o motorista também não possuía habilitação. “Se fosse um habilitado, que tivesse a carteira, teria se incomodado por isso”, diz. Ela deixa, neste sentido, vários questionamentos. Entre eles: É possível dirigir embriago ou sem habilitação pela cidade? É possível adoecer só à noite para garantir o atendimento no plantão? Se o motorista que causou o acidente tivesse ferido o filho de uma autoridade seria feito só o registro do fato?
Ivete sugere que a Brigada Militar se mobilize junto à comunidade para arrecadar recursos e comprar um bafômetro. “As pessoas daqui são solidárias e vão ajudar, seja com rifa ou através de alguma promoção, é só começar a campanha”, resume.
A reportagem da Folha  manteve contato com o Hospital Candelária e com a Brigada Militar para expor o caso. No Hospital, de acordo com Valnice Alves Ferreira, do setor de recepção, o plantão médico é disponibilizado das sete da noite às sete da manhã, durante a semana. Em casos urgentes que ocorrem durante o dia o atendimento é feito por um médico que fica de sobreaviso. Se for consulta ou exame, sem gravidade, o atendimento é disponibilizado na secretaria de Saúde. Segundo ela, o plantão 24 horas é mantido só nos finais de semana e feriados, conforme convênio firmado com a prefeitura. Valnice explica que este tipo de exame requer a autorização do paciente e, geralmente, é feito em laboratório.
Já a Brigada Militar informou que entende a preocupação da comunidade. Conforme o tenente Paulo Rogério de Oliveira Santos, a aquisição do bafômetro vem sendo solicitada há muito tempo em reuniões com o comando do 23º Batalhão da Polícia Militar (BPM) de Santa Cruz. Segundo ele, outro equipamento que auxiliaria no trabalho da BM é o decibelímetro, utilizado para medir o nível de ruídos, principalmente nas ocorrências por perturbação da ordem pública. De acordo com o tenente, apenas a Brigada Militar de Santa Cruz possui bafômetro.