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25/08/2009 16:56
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Escoteiros denunciam agress?o ambiental no cerro Botucara

Uma excursão ao Botucaraí no último domingo, 22, reservou surpresas nada agradáveis a pessoas ligadas ao Grupo Escoteiro Botucaraí, para quem o cerro isolado mais alto do Estado é um dos símbolos mais sagrados. Os relatos fazem sérias restrições à presença no local de pessoas com declaradas motivações religiosas. Um dos efeitos da permanência do grupo de “fiéis” por vários meses no alto do cerro seria o acúmulo de lixo constatado na área. Mas o que mais impressionou os escoteiros foi a abertura de uma clareira na parte que consideram como a mais bonita do cerro: o mirante com vista para a cidade. Ali, foi montado um acampamento. “Se é que dá para chamar de acampamento algo que não fica só alguns dias”, comentou um dos líderes do Grupo Escoteiro Botucaraí.
Diversas árvores também teriam sido sacrificadas pelo grupo que está “acampado” no cerro. Antigos integrantes do Grupo Escoteiro Ibiraiaras, de Cachoeira do Sul, também não gostaram nem um pouco do que está acontecendo no Botucaraí. Diogo Lindemaier, que hoje integra o grupo Aventureiros Avulsos, afirma que já freqüenta o morro há mais de 10 anos e nunca tinha visto nada igual ao que foi feito no topo do cerro. Ele defende a transformação imediata do cerro Botucaraí em área de preservação permanente.
O Grupo Escoteiro Botucaraí já fez um contato com o Ibama denunciando a situação. O secretário municipal de Turismo, Jorge Mallmann, declarou-se chocado com a narrativa feita pelos escoteiros, ilustrada por fotos. Ele informou que já no mês de março a secretaria registrou uma ocorrência policial pedindo uma averiguação sobre a presença de algumas pessoas no Botucaraí. Depois, acrescentou, verificou-se que a motivação do grupo era religiosa. Diante das novas queixas, o secretário prometeu também verificar de perto a situação e solicitar a intervenção imediata das autoridades ambientais.