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Mitos e verdades sobre bancos
Dois assuntinhos hoje, e com uma certa correlação: segurança e filas de banco. Passando por uma loja dia desses me deparei com um aviso: “Nossas roupas possuem dispositivo eletrônico para sua maior segurança”. Fui comentar o assunto com um amigo.
– Quer dizer que se eu entrar na tal loja estarei seguro, sem problemas de ser assaltado. Maravilha, como ninguém tinha pensado nisso ainda. É só esconder câmaras na cabeça de um manequim, por exemplo, e uma espingarda na manga de um sobretudo e... quando o bandido está fugiundo da loja, um mecanismo dispara a arma que acerta um tiro de sal grosso bem na bunda do ladrão... e....
– Calaboca, matraca. Eita imaginação fértil, né? Não é nada disso, cara pálida – refutou o amigo.
– Mas o que é então? Será que as roupas são dotadas de dispositivos de segurança para evitar que sejam furtadas?
– Exatamente.
– Bom, nessa hipótese, seria melhor colocar algo do tipo: “Roupas com dispositivo de segurança: não saia sem pagar”. Melhor, não?
Outra plaquinha bem nada a ver é aquela: “Sorria, você está sendo filmado”. Eu tenho verdadeiro pavor de fotografia, de filmagem, então, nem se fala. E olha que não é por falta de beleza – minha mãe me acha lindo e eu acredito nela e na minha modéstia – mas porque se gostasse de aparecer, iria procurar outra coisa mais interessante, tipo conseguir uma passagem de avião com algum deputado amigo meu para jantar em Paris.
Sobre as filas de banco, o assunto é sugestão de duas caríssimas amigas, que pediram que registrasse com minhas palavras sua indignação sobre os hábitos de certos frequentadores de bancos. Queixam-se elas que pessoas com saúde invejável aproveitam justamente os dias e horários mais impróprios para ir ao banco receber seus proventos. Nada existe contra, cada um vai ao banco na hora que bem entender, mas o bom senso deve prevalecer. Ainda mais porque em Candelária nenhuma agência trabalha com mais de três caixas, e subtraindo o que tem dá atendimento preferencial aos idosos, gestantes e deficientes, resta a nós – brancos, negros, índios, mulatos, cafuzos e mamelucos que se inserem na faixa etária inferior aos 60 e que não estão grávidos –, dividir os dois caixas restantes e mofar nas filas.
Como o assunto é complicado e as filas dos bancos aumentam consideravelmente nos cinco primeiros dias do mês, primeiramente é preciso fazer algumas considerações e uns comparativos não muito cristãos. Será minha colaboração para tentar evitar as filas, diminuir o tempo de espera no atendimento e, talvez, conseguir um boné, uma camiseta ou uma caneta de presente de algum banco, já que eles só me tiram e não me dão nada. Primeiro é preciso desmitificar certas notícias:
1) o governo não surrupia o dinheiro das pensões e aposentadorias de quem não o retira no dia em que cai na conta;
2) as vacinas contra a gripe não foram inventadas para matar aposentados e pensionistas como forma de poupar dinheiro da previdência, por isso, vacine-se, e se houvesse mesmo alguém interessado em poupar dinheiro no governo, era bem mais prático largar uma bomba na Câmara dos Deputados e tudo estaria resolvido (não sei porque este tópico está aqui, mas estava com vontade de escrever sobre isso e não achei outro lugar).
Agora vamos fazer uns comparativos:
1) se você, meu amigo da melhor idade, estivesse em uma zona boate inundada de mulheres saradas, com corpos perfeitos, conversando com três delas ao mesmo tempo e.... desse vontade de mijar... e existissem dois banheiros para homens: um para brocha e outro para não-brocha, identificados com placas bem grandes. O para não-brochas estaria ocupadíssimo e o para brochas, liberado. O que você faria? Mesmo se mijando, esperaria que desocupasse o banheiro para não-brochas, certo? Claro, você não iria querer que as mulheres pensassem que você é um impotente. Então, já que é assim, e a saúde anda em dia, faça um esforço; fique também na fila das pessoas comuns, sem privilégios e deixe o lugar para os que realmente estão necessitados;
2) e você, minha amiga da melhor idade, que sai com baby look deixando a barriguinha de fora e calça fuseau descolada (ou super colada), que gasta horas e horas na academia para ter um corpitcho cobiçado pelos garotões... você também entra na filha das velhinhas? Que feio. Você está sendo vigiada... Todo mundo sabe que a fonte da juventude não provém dos cosméticos, por isso, exercite seus músculos e as panturrilhas ficando um pouquinho em pé na fila que certamente serás muito mais notada;
Sobre casais que levam criança junto para a fila eu nem vou comentar, só acho que quem faz isso é homem mandado pela mulher ou vice-versa.
E como continua a sina de não conseguir finalizar decentemente uma coluna vou me despedindo com uma frase que tirei de um lindo filme que não me lembro o nome, mas que marcou profundamente a minha vida, e que dizia mais ou menos assim: “Hasta la vista, baby’s!”.
– Quer dizer que se eu entrar na tal loja estarei seguro, sem problemas de ser assaltado. Maravilha, como ninguém tinha pensado nisso ainda. É só esconder câmaras na cabeça de um manequim, por exemplo, e uma espingarda na manga de um sobretudo e... quando o bandido está fugiundo da loja, um mecanismo dispara a arma que acerta um tiro de sal grosso bem na bunda do ladrão... e....
– Calaboca, matraca. Eita imaginação fértil, né? Não é nada disso, cara pálida – refutou o amigo.
– Mas o que é então? Será que as roupas são dotadas de dispositivos de segurança para evitar que sejam furtadas?
– Exatamente.
– Bom, nessa hipótese, seria melhor colocar algo do tipo: “Roupas com dispositivo de segurança: não saia sem pagar”. Melhor, não?
Outra plaquinha bem nada a ver é aquela: “Sorria, você está sendo filmado”. Eu tenho verdadeiro pavor de fotografia, de filmagem, então, nem se fala. E olha que não é por falta de beleza – minha mãe me acha lindo e eu acredito nela e na minha modéstia – mas porque se gostasse de aparecer, iria procurar outra coisa mais interessante, tipo conseguir uma passagem de avião com algum deputado amigo meu para jantar em Paris.
Sobre as filas de banco, o assunto é sugestão de duas caríssimas amigas, que pediram que registrasse com minhas palavras sua indignação sobre os hábitos de certos frequentadores de bancos. Queixam-se elas que pessoas com saúde invejável aproveitam justamente os dias e horários mais impróprios para ir ao banco receber seus proventos. Nada existe contra, cada um vai ao banco na hora que bem entender, mas o bom senso deve prevalecer. Ainda mais porque em Candelária nenhuma agência trabalha com mais de três caixas, e subtraindo o que tem dá atendimento preferencial aos idosos, gestantes e deficientes, resta a nós – brancos, negros, índios, mulatos, cafuzos e mamelucos que se inserem na faixa etária inferior aos 60 e que não estão grávidos –, dividir os dois caixas restantes e mofar nas filas.
Como o assunto é complicado e as filas dos bancos aumentam consideravelmente nos cinco primeiros dias do mês, primeiramente é preciso fazer algumas considerações e uns comparativos não muito cristãos. Será minha colaboração para tentar evitar as filas, diminuir o tempo de espera no atendimento e, talvez, conseguir um boné, uma camiseta ou uma caneta de presente de algum banco, já que eles só me tiram e não me dão nada. Primeiro é preciso desmitificar certas notícias:
1) o governo não surrupia o dinheiro das pensões e aposentadorias de quem não o retira no dia em que cai na conta;
2) as vacinas contra a gripe não foram inventadas para matar aposentados e pensionistas como forma de poupar dinheiro da previdência, por isso, vacine-se, e se houvesse mesmo alguém interessado em poupar dinheiro no governo, era bem mais prático largar uma bomba na Câmara dos Deputados e tudo estaria resolvido (não sei porque este tópico está aqui, mas estava com vontade de escrever sobre isso e não achei outro lugar).
Agora vamos fazer uns comparativos:
1) se você, meu amigo da melhor idade, estivesse em uma zona boate inundada de mulheres saradas, com corpos perfeitos, conversando com três delas ao mesmo tempo e.... desse vontade de mijar... e existissem dois banheiros para homens: um para brocha e outro para não-brocha, identificados com placas bem grandes. O para não-brochas estaria ocupadíssimo e o para brochas, liberado. O que você faria? Mesmo se mijando, esperaria que desocupasse o banheiro para não-brochas, certo? Claro, você não iria querer que as mulheres pensassem que você é um impotente. Então, já que é assim, e a saúde anda em dia, faça um esforço; fique também na fila das pessoas comuns, sem privilégios e deixe o lugar para os que realmente estão necessitados;
2) e você, minha amiga da melhor idade, que sai com baby look deixando a barriguinha de fora e calça fuseau descolada (ou super colada), que gasta horas e horas na academia para ter um corpitcho cobiçado pelos garotões... você também entra na filha das velhinhas? Que feio. Você está sendo vigiada... Todo mundo sabe que a fonte da juventude não provém dos cosméticos, por isso, exercite seus músculos e as panturrilhas ficando um pouquinho em pé na fila que certamente serás muito mais notada;
Sobre casais que levam criança junto para a fila eu nem vou comentar, só acho que quem faz isso é homem mandado pela mulher ou vice-versa.
E como continua a sina de não conseguir finalizar decentemente uma coluna vou me despedindo com uma frase que tirei de um lindo filme que não me lembro o nome, mas que marcou profundamente a minha vida, e que dizia mais ou menos assim: “Hasta la vista, baby’s!”.