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25/08/2009 16:56
Por:

Robson Flores atrs das grades

Agentes da Delegacia de Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas – Defrec – de Santa Maria prenderam na tarde da última sexta-feira, 12, o assaltante candelariense Robson Flores, 31 anos, conhecido como “Candelária”. A polícia tem provas substanciais sobre sua participação direta ou indireta em vários assaltos praticados desde fevereiro até agora em Candelária, além de outras possíveis ações em Sobradinho e em Santa Maria. Segundo informações do delegado Vladimir Urach, titular da Defrec, Flores estava escondido em casa de conhecidos, no Beco do Nego Z, no bairro Salgado Filho, zona Norte da cidade de Santa Maria. Com ele, os agentes encontraram 100 gramas de cocaína e mais de R$ 800,00 em dinheiro e US$ 1,00. Robson Flores estava ferido no braço, o que confirma a informação veiculada pela Folha de Candelária em sua edição da última sexta-feira, de que ele teria sido atingido por um tiro desferido por policiais militares enquanto fugia após assaltar a empresa Semal/Marion, na tarde de 5 de junho. Robson foi apresentado na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento e, após, recolhido ao Presídio Regional de Santa Maria.

INVESTIGAÇÕES – Segundo o delegado Eron Marques de Lemos, titular da DP de Candelária, todas as provas contra Robson recolhidas pela polícia até agora farão parte de extenso inquérito policial que foi aberto e que deve ser concluído até a próxima sexta-feira. Ele será ouvido pelo delegado de Santa Maria e a carta precatória com seu depoimento deve ser recebida pela DP local possivelmente hoje. Além de crime de roubo qualificado, Robson Flores pode ser enquadrado pelos crimes de formação de quadrilha, posse ilegal de arma de fogo, tentativa de homicídio e tráfico de drogas. Paralelamente, a polícia continua as buscas a Marcionei dos Passos, outro suspeito de assaltos na região e foragido da prisão. Ele foi reconhecido por testemunhas após praticar um assalto em Sobradinho e a polícia não descarta sua participação em crimes também em Candelária.
Para o delegado Eron Lemos, os envolvidos nos assaltos são sempre os mesmos, mas nas ações se utilizam de composições diferentes. “Dentro da ociosidade que gozam dentro do sistema carcerário eles têm bastante tempo para arquitetar seus planos e, geralmente, atacam na cidade de origem de um deles”, explica o delegado. “Depois de assaltarem, repartem dinheiro e se escondem em casa de familiares ou locais de prostituição e voltam a se reunir após algum tempo”,  pondera o delegado. “Também quase sempre o nome de um parente é dado como referência para algum foragido da cadeia reencontrar os comparsas, se reagrupar e voltar a agir”, complementa o delegado. Durante o tempo em que Robson Flores esteve foragido, dois co-autores dos crimes praticados por ele foram presos. O candelariense Belmiro Maia foi preso no mesmo dia do assalto à Ótica Spengler, e Reginaldo Rodrigues Muniz, o Bugio, no dia 20 de março. O santa-mariense Sidnei Derci Gonçalves de Lemos, que teria participado do assalto à Semal no dia 5, continua foragido. (Fotos: Rafael Dias - A Razão)