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Lees, cigarro e senado
Alguém já ouviu falar na síndrome do final do mês? Não? Pudera, isso fui em quem inventou agora. Vou explicar. A síndrome do final do mês é aquela que acomete geralmente o comércio, quando tudo fica paradão, paradão. Patrão nervoso, empregado com o cotovelo gastando o balcão e nenhum (ou quase nenhum) cliente. Assim é comigo também; começa a chegar o final do mês e meus assuntos se vão. Sento, penso, dedilho alguma coisa e não sai nada que preste. Ainda bem que, tal qual os compradores voltam ao comércio no início do mês, minhas idéias também. Na mais absoluta falta de assunto, resolvi fazer um apanhado rápido de episódios que estão acontecendo, que já aconteceram ou que voltarão a acontecer; infelizmente meus poderes extrasensoriais não me permitem prever o que irá acontecer durante o inverno, mas isso deve ter alguma relação com meu cuecão verde-musgo.
Para vocês terem idéia do ponto que chegou minha inércia mental, ando assistindo direto o Domingão do Faustão. E não sejam hipócritas, tem coisas legais lá, tipo a dança e o quadro do tio aquele que faz documentários. Pois foi no domingo retrasado, acho, que vi uma reportagem sobre leões. Fiquei sabendo que os reis da selva demarcam seu território nas savanas da África com a força e a agilidade. Fazem isso para proteger a família de possíveis ataques e para não precisar repartir a caça dentro daquele limite. Qualquer outro felino que ouse invadir seu espaço é estraçalhado; morto a dentadas e deixado apodrecer ao sol para que os abutres venham comê-los depois, mas com muito cuidado para não ser comido também, claro. Dia desses o tiozinho poderia fazer um documentário sobre os cachorros, que mijam em tudo quanto é lugar da casa para mostrar aos demais cachorros que aquele é seu território. Ao contrário dos leões, os cães não brigam com outros animais da casa que mijam no mesmo lugar, tipo os gatos, e isso merece ser investigado.
Nós humanos fumantes, estamos perdendo cada vez mais nosso território, seja por causa das doenças causadas pelo cigarro ou pelo cheiro que exalam. Os fumantes, iguais aos demais humanos, também morrem; uns pela idade avançada, outros picados por mosquitos, uns por circunstâncias não esclarecidas e, vários outros, por doenças ou episódios que nada têm a ver com o consumo do cigarro. Claro que o cigarro faz mal , mas mais insuportável do que o vício de fumar é sermos tratados como se fôssemos párias da sociedade por meros tabus ou caprichos. Logicamente que existem aqueles que fumam em lugares fechados, baforam fumaça na cara dos outros e coisas deste tipo. Mas e o fumante educado, como eu, como deve reagir às manifestações de gente chata e rancenta que pelo simples fato de ver fumar alguém fumar ao ar livre já fica com aquela cara de quem comeu limão com sal?
Pesquisando sobre o assunto, li num blog dia desses a saída genial de um cara. Contou o rapaz que saiu com a namorada para fumar fora do ambiente em que estava, quando apareceu uma senhora que, de longe, já torcia o nariz pelo fato dos dois estarem fumando. Ao passar perto, torceu ainda mais o nariz e soltou aquela onomatopéia tradicional das velhas rancentas: humpf. Sabem o que o cara fez? Perguntou para ela: – Tia, a senhora peidou? Bem mais elegante do que largar um pataço, tipo um leão, não acham?
Eu nunca me importei com o barulho de pacotes nem com o cheiro de alguns salgadinhos que mais parecem cocô de gato, ou daqueles waffers de quinta linha que o pessoal é acostumado a comer durante as viagens no ônibus. Pois saibam, senhoras e senhores, que o excesso de doces e gorduras pode causar diabetes e outras doenças, mas até agora o Ministério da Saúde não fez nenhuma propaganda dizendo que waffer pode causar diabetes e nem proibiu a prática da gastronomia dentro dos coletivos. Poderei eu tornar-me um diabético passivo? Talvez sim, talvez não. Mas da mesma forma que comer porcaria no ônibus, fumar ao ar livre não é proibido, e seguindo esta linha de raciocínio, sinceramente não sei o que é pior, um enfisema pulmonar ou diabetes. My pelasure, my choice, como diriam os ingleses. E tchau, porque hoje tô bem sem idéia mesmo.
PS.: Faltou falar sobre o senado, mas é rapidinho: aquele território atualmente está sendo marcado pelas cagadas.
Para vocês terem idéia do ponto que chegou minha inércia mental, ando assistindo direto o Domingão do Faustão. E não sejam hipócritas, tem coisas legais lá, tipo a dança e o quadro do tio aquele que faz documentários. Pois foi no domingo retrasado, acho, que vi uma reportagem sobre leões. Fiquei sabendo que os reis da selva demarcam seu território nas savanas da África com a força e a agilidade. Fazem isso para proteger a família de possíveis ataques e para não precisar repartir a caça dentro daquele limite. Qualquer outro felino que ouse invadir seu espaço é estraçalhado; morto a dentadas e deixado apodrecer ao sol para que os abutres venham comê-los depois, mas com muito cuidado para não ser comido também, claro. Dia desses o tiozinho poderia fazer um documentário sobre os cachorros, que mijam em tudo quanto é lugar da casa para mostrar aos demais cachorros que aquele é seu território. Ao contrário dos leões, os cães não brigam com outros animais da casa que mijam no mesmo lugar, tipo os gatos, e isso merece ser investigado.
Nós humanos fumantes, estamos perdendo cada vez mais nosso território, seja por causa das doenças causadas pelo cigarro ou pelo cheiro que exalam. Os fumantes, iguais aos demais humanos, também morrem; uns pela idade avançada, outros picados por mosquitos, uns por circunstâncias não esclarecidas e, vários outros, por doenças ou episódios que nada têm a ver com o consumo do cigarro. Claro que o cigarro faz mal , mas mais insuportável do que o vício de fumar é sermos tratados como se fôssemos párias da sociedade por meros tabus ou caprichos. Logicamente que existem aqueles que fumam em lugares fechados, baforam fumaça na cara dos outros e coisas deste tipo. Mas e o fumante educado, como eu, como deve reagir às manifestações de gente chata e rancenta que pelo simples fato de ver fumar alguém fumar ao ar livre já fica com aquela cara de quem comeu limão com sal?
Pesquisando sobre o assunto, li num blog dia desses a saída genial de um cara. Contou o rapaz que saiu com a namorada para fumar fora do ambiente em que estava, quando apareceu uma senhora que, de longe, já torcia o nariz pelo fato dos dois estarem fumando. Ao passar perto, torceu ainda mais o nariz e soltou aquela onomatopéia tradicional das velhas rancentas: humpf. Sabem o que o cara fez? Perguntou para ela: – Tia, a senhora peidou? Bem mais elegante do que largar um pataço, tipo um leão, não acham?
Eu nunca me importei com o barulho de pacotes nem com o cheiro de alguns salgadinhos que mais parecem cocô de gato, ou daqueles waffers de quinta linha que o pessoal é acostumado a comer durante as viagens no ônibus. Pois saibam, senhoras e senhores, que o excesso de doces e gorduras pode causar diabetes e outras doenças, mas até agora o Ministério da Saúde não fez nenhuma propaganda dizendo que waffer pode causar diabetes e nem proibiu a prática da gastronomia dentro dos coletivos. Poderei eu tornar-me um diabético passivo? Talvez sim, talvez não. Mas da mesma forma que comer porcaria no ônibus, fumar ao ar livre não é proibido, e seguindo esta linha de raciocínio, sinceramente não sei o que é pior, um enfisema pulmonar ou diabetes. My pelasure, my choice, como diriam os ingleses. E tchau, porque hoje tô bem sem idéia mesmo.
PS.: Faltou falar sobre o senado, mas é rapidinho: aquele território atualmente está sendo marcado pelas cagadas.