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25/08/2009 16:56
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Os cuidados para driblar a gripe

Febre, tosse e dores no corpo. Estes sintomas, embora típicos da gripe, devem ser informados ao médico. De acordo com a enfermeira do setor de epidemiologia da Secretaria da Saúde, Melissa Rathke, os pacientes que tiverem seu quadro agravado, principalmente por dificuldade respiratória, devem procurar atendimento para evitar problemas mais graves, como pneumonia. Conforme ela, as pessoas que estiverem nesta situação serão avaliadas individualmente e, se necessário, farão exames para identificar se estão com a Influenza A (H1N1). “Cada um será avaliado por uma equipe de profissionais e se for constatado que se trata de um caso suspeito da nova gripe, será prescrito um antiviral”, explica.
Em entrevista à Folha, ela disse que o vírus H1N1 já está em circulação no país. “O Rio Grande do Sul é o Estado que apresenta as temperaturas mais baixas e por fazer fronteira com a Argentina deve ter sido a porta de entrada para o vírus”, diz. Melissa também destaca que os casos leves suspeitos não são mais notificados devido ao grande número de pessoas gripadas. Ela reforça que não há motivos para pânico. “Esta é uma gripe comum. A única diferença é que a Influenza A é um vírus mais agressivo e que pode evoluir mais rápido para uma pneumonia”, esclarece. Em 2008, 950 pessoas morreram no Rio Grande do Sul em função da gripe ou de alguma complicação. Neste ano, até agora, foram 11. 
Sobre a medicação recomendada, a enfermeira destaca que o antiviral utilizado pelo Ministério da Saúde é o Oseltamivir. A utilização, no entanto, não deve ser feita por qualquer paciente. “Não é aconselhável comprar porque o vírus pode se tornar resistente ao medicamento. Só se deve usar se algum médico prescrever”, resume. “Também não adianta tomar este medicamento para prevenir a gripe”, acrescenta. A melhor maneira de prevenção ainda é evitar a permanência em locais fechados e com aglomerado de pessoas e lavar as mãos com freqüência. “A medicação só deve ser utilizada com antecedência por profissionais da saúde ou de laboratórios que tenham usado de forma inadequada os equipamentos de proteção ao atender pacientes suspeitos ou que tenham manipulado materiais contaminados”, afirma.
Outra dica importante é observar o agravamento dos sintomas. Do contrário, se o quadro estiver estável se aconselha repouso e o uso de medicamentos para diminuir a febre ou o mal estar. Os estados da região Sul estão seguindo protocolo divulgado pelo Ministério da Saúde e que prevê atenção para os casos considerados graves.