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Fumo, a principal fonte de renda da agricultura familiar
A série “Riquezas da Nossa Terra” descreve hoje, 11, as particularidades de uma das culturas que mais contribui para o desenvolvimento da agricultura. É o fumo que lidera, ainda hoje, a lista dos produtos mais rentáveis e significativos para o desenvolvimento do setor. Em Candelária, muitas propriedades se diversificaram com a inclusão de novas culturas, mas o tabaco permanece em praticamente todas as localidades com significativa produtividade. Na safra 2008/2009 (dados mais recentes), por exemplo, foram colhidos 2.250 quilos por hectare - o equivalente a 24 mil toneladas.
Na edição anterior foi destacado o potencial produtivo do milho - cultura igualmente presente em maioria das propriedades. O leitor conferiu que os grãos incrementam o orçamento doméstico e servem de base para a alimentação de outras criações. A produção, utilizada para consumo e comercialização, também configura como alternativa de diversificação, já que o cultivo (intercalado com as demais plantações) ocasiona a rotatividade da terra. As variedades precoces são as preferidas e se desenvolvem num período de até 130 dias. O rendimento, a exemplo do fumo, é satisfatório podendo chegar a 100 sacos por hectare. Isto se as lavouras tiverem tecnologia recomendada, como adubação de base e de manutenção, aplicação de herbicidas e controle de plantas invasoras.
Já o fumo possui técnicas diferentes de manejo. Conforme o presidente do Sindicato Rural de Candelária, Mauro Flores, o primeiro passo é a adubação de base, que acontece antes do transplante das mudas para a lavoura. “A partir do 15º dia do plantio já pode ser feita a adubação de cobertura, com salitre, para acelerar o crescimento. Logo depois vem o aterro para proteger o solo e as raízes, a limpeza das ervas daninhas e o desbrote”, explica. Este último acontece na época da floração e propicia peso ao fumo. “Faz com que as forças da planta fiquem na folha e não nas flores”, acrescenta.
Estes cuidados são essenciais para garantir boa produtividade durante a colheita e a secagem das folhas. O ideal, conforme o dirigente, é que cada pé possua até 20 folhas. Neste período, o clima também é importante. “A iluminação é favorável para o amadurecimento das folhas e dá mais peso ao produto. Se o tempo é muito chuvoso também demora mais o processo de secagem porque as folhas armazenam mais água”, diz. Geralmente as fornadas são secas em até cinco dias. As orientações para este processo são prestadas por praticamente todas as empresas através da distribuição de informativos ou folders. “Na primeira fase o fumo amarela e a temperatura não pode ultrapassar a 90 graus; depois murcha e seca a folha até os 130 graus; por último seca o talo com no máximo 160 graus”, conclui.
Safra 2009/2010 começa a ser plantada
A estimativa do Sindicato Rural de Candelária é de que cerca de 1% da área já tenha sido cultivada no município para a safra 2009/2010. Nos três Estados do Sul o índice chega a 5% até o momento. A partir desta semana, no entanto, os números devem ter acréscimo considerável, já que a chuva verificada nos últimos dias contribuiu para umedecer o solo. Portanto, os produtores que já haviam adubado a terra foram os principais beneficiados.
O volume plantado está dentro das expectativas. “O plantio ocorre sempre no fim de julho e a partir do próximo dia 20 é que deve ser intensificado na região baixa. Acreditamos que até o dia 15 de setembro esteja praticamente concluído este serviço”, avalia Mauro Flores. Já na região mais alta, como a do Centro Serra, o plantio se estende até meados de outubro. Isto se explica em função das condições climáticas, uma vez que na serra é mais frio.
Esta, aliás, é uma preocupação para os produtores que anteciparam o transplante das mudas. Um deles é Valdomiro Lopes, da Linha Boa Vista, que fez os primeiros plantios há mais de 15 dias. “Tive que replantar 8.500 pés. Plantei antes das três geadas e queimou quase tudo”, explica. Neste ano, ele e a esposa Lizete vão plantar 33 mil pés - 13 mil a menos do que na safra anterior. “Reduzi por falta de pessoal para trabalhar na lavoura. Até a semana que vem devo plantar o que ainda resta”, diz ele.
CLIMA - De acordo com o agricultor, para que as plantas se recuperem será preciso de sol nas próximas horas. “Agora é esperar que o tempo limpe e que saia sol para esquentar um pouco”, resume. Na avaliação de Flores, para que as mudas se desenvolvam é preciso que haja sol nas primeiras semanas do transplante. “A geada no início do plantio é prejudicial. Quando as mudas são retiradas da estufa, onde ficam bem acondicionadas, ocorre um choque térmico e se estiver muito frio pode haver perda de produtividade”, finaliza.
PREÇO - Valdomiro Lopes adianta que a expectativa é de bons rendimentos para compensar os investimentos. “No ano passado foi boa a compra. Até janeiro já tinha vendido tudo. Tive uma média de R$ 105,00 por arroba”, afirma.
Na edição anterior foi destacado o potencial produtivo do milho - cultura igualmente presente em maioria das propriedades. O leitor conferiu que os grãos incrementam o orçamento doméstico e servem de base para a alimentação de outras criações. A produção, utilizada para consumo e comercialização, também configura como alternativa de diversificação, já que o cultivo (intercalado com as demais plantações) ocasiona a rotatividade da terra. As variedades precoces são as preferidas e se desenvolvem num período de até 130 dias. O rendimento, a exemplo do fumo, é satisfatório podendo chegar a 100 sacos por hectare. Isto se as lavouras tiverem tecnologia recomendada, como adubação de base e de manutenção, aplicação de herbicidas e controle de plantas invasoras.
Já o fumo possui técnicas diferentes de manejo. Conforme o presidente do Sindicato Rural de Candelária, Mauro Flores, o primeiro passo é a adubação de base, que acontece antes do transplante das mudas para a lavoura. “A partir do 15º dia do plantio já pode ser feita a adubação de cobertura, com salitre, para acelerar o crescimento. Logo depois vem o aterro para proteger o solo e as raízes, a limpeza das ervas daninhas e o desbrote”, explica. Este último acontece na época da floração e propicia peso ao fumo. “Faz com que as forças da planta fiquem na folha e não nas flores”, acrescenta.
Estes cuidados são essenciais para garantir boa produtividade durante a colheita e a secagem das folhas. O ideal, conforme o dirigente, é que cada pé possua até 20 folhas. Neste período, o clima também é importante. “A iluminação é favorável para o amadurecimento das folhas e dá mais peso ao produto. Se o tempo é muito chuvoso também demora mais o processo de secagem porque as folhas armazenam mais água”, diz. Geralmente as fornadas são secas em até cinco dias. As orientações para este processo são prestadas por praticamente todas as empresas através da distribuição de informativos ou folders. “Na primeira fase o fumo amarela e a temperatura não pode ultrapassar a 90 graus; depois murcha e seca a folha até os 130 graus; por último seca o talo com no máximo 160 graus”, conclui.
Safra 2009/2010 começa a ser plantada
A estimativa do Sindicato Rural de Candelária é de que cerca de 1% da área já tenha sido cultivada no município para a safra 2009/2010. Nos três Estados do Sul o índice chega a 5% até o momento. A partir desta semana, no entanto, os números devem ter acréscimo considerável, já que a chuva verificada nos últimos dias contribuiu para umedecer o solo. Portanto, os produtores que já haviam adubado a terra foram os principais beneficiados.
O volume plantado está dentro das expectativas. “O plantio ocorre sempre no fim de julho e a partir do próximo dia 20 é que deve ser intensificado na região baixa. Acreditamos que até o dia 15 de setembro esteja praticamente concluído este serviço”, avalia Mauro Flores. Já na região mais alta, como a do Centro Serra, o plantio se estende até meados de outubro. Isto se explica em função das condições climáticas, uma vez que na serra é mais frio.
Esta, aliás, é uma preocupação para os produtores que anteciparam o transplante das mudas. Um deles é Valdomiro Lopes, da Linha Boa Vista, que fez os primeiros plantios há mais de 15 dias. “Tive que replantar 8.500 pés. Plantei antes das três geadas e queimou quase tudo”, explica. Neste ano, ele e a esposa Lizete vão plantar 33 mil pés - 13 mil a menos do que na safra anterior. “Reduzi por falta de pessoal para trabalhar na lavoura. Até a semana que vem devo plantar o que ainda resta”, diz ele.
CLIMA - De acordo com o agricultor, para que as plantas se recuperem será preciso de sol nas próximas horas. “Agora é esperar que o tempo limpe e que saia sol para esquentar um pouco”, resume. Na avaliação de Flores, para que as mudas se desenvolvam é preciso que haja sol nas primeiras semanas do transplante. “A geada no início do plantio é prejudicial. Quando as mudas são retiradas da estufa, onde ficam bem acondicionadas, ocorre um choque térmico e se estiver muito frio pode haver perda de produtividade”, finaliza.
PREÇO - Valdomiro Lopes adianta que a expectativa é de bons rendimentos para compensar os investimentos. “No ano passado foi boa a compra. Até janeiro já tinha vendido tudo. Tive uma média de R$ 105,00 por arroba”, afirma.