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Soja, gros diversificam e fortalecem os campos
A soja está entre as culturas de verão mais predominantes em Candelária. Ao todo, ocupa uma área estimada em 12 mil hectares e gera renda para cerca de 250 famílias. De modo geral, pode ser caracterizada como uma lavoura que possui de média a alta tecnologia - o que varia de acordo com o rendimento de cada produtor. Na edição de hoje, 25, a série “Riquezas da Nossa Terra” descreve as particularidades desta cultivar, que é tida como uma das mais rentáveis (do ponto de vista comercial) para o agricultor. Na safra 2008/2009, por exemplo, o saco de 60 quilos foi comercializado por uma média de R$ 44,00 - cotação superior a do arroz e do milho.
Na última terça, 18, o leitor conferiu alguns aspectos das plantações de trigo. Foi evidenciado, por exemplo, que a área cultivada tem diminuído em função da desvalorização do produto. Outro limitante é o clima que interfere diretamente na produtividade. Isto porque a planta se desenvolve em temperaturas amenas e com a umidade regular do solo. Por isso, mesmo havendo potencial para cultivar até cinco mil hectares com o cereal, o número de adeptos reduz a cada ano. Foi visto também que maioria dos solos do município não é propícia para o desenvolvimento do trigo. O ideal são áreas de altitude elevada e que não possuam umidade - oposto do que se observa.
Já a lavoura de soja precisa de uma boa distribuição de chuvas para se desenvolver. Segundo informações da Agrican, escritório de planejamento agrícola e de consultoria, de Candelária, são necessários - em média - 150 milímetros de chuva por mês, principalmente no verão, para garantir uma boa produtividade. De acordo com o engenheiro agrônomo Adalton Siqueira, o plantio inicia em novembro e se estende até a primeira quinzena de dezembro. Até a época da colheita, em abril, os sojicultores precisam adotar uma série de medidas para garantir que a planta se desenvolva livre de doenças e pragas. Para tanto, é necessário cumprir rigorosamente as orientações prestadas por agrônomos ou especialistas da área. “A tecnologia empregada varia de média a alta. O investimento se justifica pelo rendimento; quanto maior, mais produção. Na média, o ideal é utilizar até 250 quilos de adubo por hectare, fazer duas aplicações de fungicidas a partir da fase de floração, utilizar sementes tratadas, fazer o controle de pragas e a cada três anos aplicar calcário para corrigir a acidez do solo, conforme resultados de análise de solo”, diz Siqueira.
Sobre o modo de plantio, ele explica que praticamente todos os produtores utilizam o sistema direto. “É feita a dessecagem da vegetação existente e depois se planta. Entre os benefícios se inclui a diminuição de custos para preparação da lavoura e a redução da erosão, já que a ‘palhada’ que fica no solo protege contra o impacto da chuva e enriquece a terra como matéria orgânica”, acrescenta. Esta tecnologia, conforme o engenheiro agrônomo, está consolidada desde a década de 1980.
MERCADO - A produção de soja de Candelária abastece cooperativas e empresas particulares da região. O grão, cujo rendimento médio pode chegar a 2.700 quilos por hectare, é beneficiado e transformado em vários subprodutos. No que se refere a preços, pode-se dizer que é uma das culturas mais vantajosas até o momento. “A venda esteve melhor há alguns meses, quando o saco de 60 quilos chegou a ser comercializado a R$ 52,00. Hoje está em torno de R$ 44,00”, comenta o engenheiro agrônomo.
Cultivo está mais fácil, mas exige investimentos
Apesar de ser uma cultura extra, que pode ser intercalada com outras atividades - pecuária, milho, arroz ou trigo - seu desenvolvimento depende de investimentos. Com a tecnologia disponibilizada nos últimos anos, os produtores tiveram o trabalho facilitado, e ganharam ainda mais responsabilidade. Isto porque juntamente com as novas técnicas de plantio e manejo, surgiram também inúmeras doenças que precisam ser controladas. Quem tem evidenciado estas mudanças é o agricultor José Luiz Brixner. Ele conta que sua família começou a plantar soja um pouco antes dos anos 70. “Naquela época o sistema era muito diferente. O plantio era todo convencional, tinha que arar a terra e preparar o solo antes”, diz. A partir da década de 70, mais precisamente em 83, quando ele também assumiu a lavoura, a produção já era voltada para a comercialização. Antes disso, o produto era fornecido como alimento para os animais da propriedade.
Hoje, Brixner cria gado e planta arroz, soja e milho em áreas localizadas no Pinheiro e no Rincão da Lagoa. A soja ocupa a maior área - 300 hectares, ao todo. Ele considera a cultura como uma das mais valorizadas. “O preço ainda é melhor. Na última safra vendi o saco por R$ 47,00, em média. É uma cultura que tem se modernizado, que apresenta novas técnicas, mas que exige investimentos e cuidados”, afirma. “Surgiram muitas doenças que antes não existiam, como a ferrugem asiática, e que precisam ser controladas. Os custos também estão mais elevados. Qualquer erro é fatal. O produtor deve consultar sempre um agrônomo e fazer tudo na época certa; plantar, aplicar fungicida”, complementa.
Na última terça, 18, o leitor conferiu alguns aspectos das plantações de trigo. Foi evidenciado, por exemplo, que a área cultivada tem diminuído em função da desvalorização do produto. Outro limitante é o clima que interfere diretamente na produtividade. Isto porque a planta se desenvolve em temperaturas amenas e com a umidade regular do solo. Por isso, mesmo havendo potencial para cultivar até cinco mil hectares com o cereal, o número de adeptos reduz a cada ano. Foi visto também que maioria dos solos do município não é propícia para o desenvolvimento do trigo. O ideal são áreas de altitude elevada e que não possuam umidade - oposto do que se observa.
Já a lavoura de soja precisa de uma boa distribuição de chuvas para se desenvolver. Segundo informações da Agrican, escritório de planejamento agrícola e de consultoria, de Candelária, são necessários - em média - 150 milímetros de chuva por mês, principalmente no verão, para garantir uma boa produtividade. De acordo com o engenheiro agrônomo Adalton Siqueira, o plantio inicia em novembro e se estende até a primeira quinzena de dezembro. Até a época da colheita, em abril, os sojicultores precisam adotar uma série de medidas para garantir que a planta se desenvolva livre de doenças e pragas. Para tanto, é necessário cumprir rigorosamente as orientações prestadas por agrônomos ou especialistas da área. “A tecnologia empregada varia de média a alta. O investimento se justifica pelo rendimento; quanto maior, mais produção. Na média, o ideal é utilizar até 250 quilos de adubo por hectare, fazer duas aplicações de fungicidas a partir da fase de floração, utilizar sementes tratadas, fazer o controle de pragas e a cada três anos aplicar calcário para corrigir a acidez do solo, conforme resultados de análise de solo”, diz Siqueira.
Sobre o modo de plantio, ele explica que praticamente todos os produtores utilizam o sistema direto. “É feita a dessecagem da vegetação existente e depois se planta. Entre os benefícios se inclui a diminuição de custos para preparação da lavoura e a redução da erosão, já que a ‘palhada’ que fica no solo protege contra o impacto da chuva e enriquece a terra como matéria orgânica”, acrescenta. Esta tecnologia, conforme o engenheiro agrônomo, está consolidada desde a década de 1980.
MERCADO - A produção de soja de Candelária abastece cooperativas e empresas particulares da região. O grão, cujo rendimento médio pode chegar a 2.700 quilos por hectare, é beneficiado e transformado em vários subprodutos. No que se refere a preços, pode-se dizer que é uma das culturas mais vantajosas até o momento. “A venda esteve melhor há alguns meses, quando o saco de 60 quilos chegou a ser comercializado a R$ 52,00. Hoje está em torno de R$ 44,00”, comenta o engenheiro agrônomo.
Cultivo está mais fácil, mas exige investimentos
Apesar de ser uma cultura extra, que pode ser intercalada com outras atividades - pecuária, milho, arroz ou trigo - seu desenvolvimento depende de investimentos. Com a tecnologia disponibilizada nos últimos anos, os produtores tiveram o trabalho facilitado, e ganharam ainda mais responsabilidade. Isto porque juntamente com as novas técnicas de plantio e manejo, surgiram também inúmeras doenças que precisam ser controladas. Quem tem evidenciado estas mudanças é o agricultor José Luiz Brixner. Ele conta que sua família começou a plantar soja um pouco antes dos anos 70. “Naquela época o sistema era muito diferente. O plantio era todo convencional, tinha que arar a terra e preparar o solo antes”, diz. A partir da década de 70, mais precisamente em 83, quando ele também assumiu a lavoura, a produção já era voltada para a comercialização. Antes disso, o produto era fornecido como alimento para os animais da propriedade.
Hoje, Brixner cria gado e planta arroz, soja e milho em áreas localizadas no Pinheiro e no Rincão da Lagoa. A soja ocupa a maior área - 300 hectares, ao todo. Ele considera a cultura como uma das mais valorizadas. “O preço ainda é melhor. Na última safra vendi o saco por R$ 47,00, em média. É uma cultura que tem se modernizado, que apresenta novas técnicas, mas que exige investimentos e cuidados”, afirma. “Surgiram muitas doenças que antes não existiam, como a ferrugem asiática, e que precisam ser controladas. Os custos também estão mais elevados. Qualquer erro é fatal. O produtor deve consultar sempre um agrônomo e fazer tudo na época certa; plantar, aplicar fungicida”, complementa.