An�lise do solo para aumentar a produtividade

Al�m de evitar perdas futuras nas planta��es, a an�lise qu�mica e f�sica da terra tamb�m permite ao agricultor o acesso de recursos para o custeio da lavoura. Esta, ali�s, � uma exig�ncia do governo federal que se verifica em financiamentos cada vez menores. Na safra 2007/2008, por exemplo, isto era aplicado a empr�stimos de at� R$ 12 mil. J� na 2009/2010 vale para montantes de R$ 8 mil. Portanto, isto indica que nos pr�ximos anos maioria dos produtores ter� que providenciar um estudo do solo para se enquadrar nas regras do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). De acordo com o t�cnico em agropecu�ria Dione Lazzari, que presta assessoria para o Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), a an�lise f�sica come�ou a ser exigida recentemente. "At� alguns anos era preciso apenas a qu�mica, que aponta os nutrientes presentes na terra. A f�sica, cuja descri��o � mais completa porque informa o tipo do solo e a capacidade de reten��o da �gua, foi inclu�da a pouco tempo pelo governo", diz. Conforme ele, a validade das an�lises - a t�tulo de financiamento - tamb�m s�o distintas. "A qu�mica � por dois anos e a f�sica por 10. Entretanto, para ter uma produtividade, o ideal seria fazer uma vez por ano", explica. Em Candel�ria, a tipologia do solo � vari�vel. Na regi�o mais plana, por exemplo, s�o identificadas �reas argilosas. Na mais alta se evidencia um equil�brio entre argiloso e arenoso (meio a meio). Quanto � capacidade para reter ou armazenar �gua, o arenoso apresenta 7% e o argiloso 12%, segundo informa��es da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu�ria). Com base nestes dados, o agricultor pode cultivar as esp�cies que melhor se adaptam � sua propriedade. "Ele pode escolher uma planta que n�o exija tanta �gua, ou vice-versa, se souber as caracter�sticas do solo", acrescenta. "Tamb�m vai reduzir os custos na prepara��o da lavoura, j� poder� utilizar s� o que precisa em insumos e nutrientes; aproveitar a capacidade da cultura; e diminuir os riscos de perdas futuras", conclui. AMOSTRA - As an�lises s�o feitas pela Central Anal�tica da Unisc, em Santa Cruz, e variam de acordo com a classifica��o. A qu�mica custa de R$ 20,00 (b�sica) a R$ 24,00 (completa) e a f�sica, R$ 22,00. As amostras do solo s�o encaminhadas pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Os produtores interessados devem coletar at� um quilo de terra, em seis ou oito pontos da lavoura, e levar at� o sindicato. O resultado � divulgado em at� 30 dias.