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25/08/2009 16:56
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Ind?cios de passionalidade no homic?dio de mec?nico

O mecânico Sílvio Fernando Kellermann, de 45 anos, foi assassinado a tiros na noite do último sábado, 5, na casa noturna conhecida como “Boate da Ana”, na margem da RST 287, em Linha Boa Vista. O principal suspeito do homicídio é Evanildo do Rosário, o “Índio”, que seria ex-companheiro de uma garota que faz programas no local. Até ontem, ele não havia se apresentado à delegacia de polícia, assim como a arma do crime – possivelmente um revólver de calibre 38 – não havia sido encontrada. Ambos os disparos atingiram a vítima no lado esquerdo da região toráxica – um entre as costelas e outro próximo à axila.
A VERSÃO DA GAROTA – Ainda no sábado à noite, o delegado plantonista tomou o depoimento de Marisa Fernandes, ex-companheira de “Índio”, e que atualmente trabalha como garota de programa no local. Ela contou que conviveu por dois anos com o suspeito do homicídio e, em 2005, em razão de haver sofrido uma ameaça de morte, rompeu o relacionamento. Ela disse que conheceu Sílvio no próprio local fazia dois meses, mas que ambos mantinham somente amizade e que nunca manteve relacionamento sexual com ele. Na noite do crime, ele teria chegado ao local e se dirigido para conversar com ela. Depois, ela teria saído para ir ao banheiro e, quando retornou, notou que o mecânico estava no lado de fora da boate, onde conversava com uma pessoa. Em seguida, a depoente contou que foi tomar banho e, enquanto se vestia, escutou dois estampidos de arma de fogo. Ela então teria saído correndo para o interior da boate, sendo impedida de sair pelos proprietários. Marisa contou ao delegado que ainda ouviu “Índio” gritar: “A próxima vai ser tu”. Quando finalmente ela conseguiu sair, viu o corpo de Sílvio estendido atrás de seu carro.
Pelo menos um homem e outras duas garotas de programa que estavam no local no momento do crime já haviam sido intimados ontem para depor na Delegacia de Polícia de Candelária, mas o delegado Eron Marques de Lemos disse ontem que são evidentes os indícios de passionalidade que motivaram o suspeito a matar o mecânico.
O corpo de Kellermann foi encaminhado pela funerária Freitas para exame de necropsia no posto do Instituto Médico Legal de Santa Cruz do Sul e, após, liberado aos familiares para os atos fúnebres e o sepultamento, que ocorreu no domingo, 6, às 16h30, no cemitério de Candelária. Ele deixa a mulher Maria José Kellermann e os filhos Henrique, Nicolas e Christopher (em atenção a pedidos de familiares, a Folha decidiu não publicar fotos da vítima no local do crime).