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Outra chuva e um novo retrato do caos
Com os mananciais sobrecarregados e a terra molhada, a cidade vive um caos a cada chuva. Na ltima, registrada prximo das 2h da tarde de quarta, 2, foram 75 milmetros em menos de uma hora, fazendo os moradores reviverem a situao registrada no ltimo dia 30. As regies mais baixas, como a do bairro Princesa, foram novamente atingidaos, com a gua invadindo casas e implantando-se o "Deus nos acuda" para levantar mveis e salvar pertences, principalmente na rua Roberto Kochenborger. Mas o centro no ficou imune. As bocas-de-lobo no deram conta da vazo e formaram um verdadeiro rio nas avenidas Pereira Rego e Marechal Deodoro. Junto ao Bradesco, enquanto lojistas se preocupavam com a invaso das guas, trs meninos se banhavam despreocupadamente ante o tor que So Pedro mandava. Poucos minutos depois da chuva, as guas se esgotaram pelas galerias e todos seguiram seu curso.
PREJUZOS - Durante a tarde de ontem, o prefeito Lauro Mainardi percorreu vrias localidades do municpio para avaliar os estragos que a chuva trouxe. Resignado, disse que quando a prefeitura acaba um trabalho em determinado local, a chuva traz outros vrios. Segundo ele, os prejuzos que j eram grandes agora so bem maiores. Mainardi estima que para recuperar as pontes e bueiros danificados pela ltima chuva sejam necessrios R$ 200 mil. O prefeito pede comunidade que entenda que o problema geral e que na medida do possvel a prefeitura ir atender a todos. Dos 30 dias do ms de novembro, choveram em 22. Levantamento do 8 Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) aponta que o Rio Grande do Sul registrou em novembro o ms mais chuvoso dos ltimos 100 anos.
ARROZ - O engenheiro agrnomo do Irga de Candelria, Luciano Siqueira, revelou ontem que entre 600 e 700 hectares de arroz estavam submersos, isto porque a chuva de quarta-feira renovou a enchente nas sangas. Ele estima que hoje, dos 6.000 hectares j plantados, em torno de 800 devero ser replantados. O atraso no plantio convencional - cerca de 40% do total - deve gerar uma quebra significativa na safra. "Lavouras com potencial de produzir 7.000 quilos por hectare no devem produzir muito mais do que 5.500quilos por hectare", observou o agrnomo.