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04/12/2009 12:28
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Chuva volta a trazer estragos a Cerro Branco. Prefeito estima que prejuzos j ultrapassam R$ 2 milh

O municpio de Cerro Branco, que j havia sido castigado nos ltimos dias pelas fortes chuvas e ventos, acrescentou novos nmeros aos prejuzos com o temporal de quarta-feira. Conforme o prefeito Bruno Luciano Radtke, foram 100 milmetros de chuva em menos de uma hora. Pontes, bueiros e estradas foram destrudas somando um estrago de pelo menos R$ 300 mil. O quadro de desolao no diferente na agricultura. Autoridades do municpio, Emater e entidades representativas realizaram um levantamento que aponta pelo menos R$ 1.700.000,00 de quebra nas safras de arroz, fumo e feijo. Tudo isso levou o prefeito a decretar estado de emergncia. Ontem, por telefone, ele disse redao da Folha que dossis com imagens e levantamentos j foram encaminhados Coordenadoria da Defesa Civil de Santa Maria, que atende ao municpio, e secretaria Nacional da Defesa Civil, em Braslia. Enquanto aguarda recursos de instncias superiores, as secretaria de Obras e de Agricultura se unem em mutiro para recuperar estradas, fazer a limpeza e a desobstruo nas reas atingidas. Praticamente todas as localidades do municpio sofreram com a chuva de quarta-feira, que tambm danificou redes de abastecimento de gua. "Resta-nos torcer para que o clima se mantenha bom por alguns dias, tornando possvel os trabalhos de reconstruo dos danos, bem como o retorno dos produtores para os trabalhos nas lavouras, ainda com perspectiva de boa safra", diz o prefeito. SINDICATO - O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cerro Branco, Delmar Olavo Sabin, informou nesta semana que muitos associados tm procurado a entidade para relatar os estragos registrados nas lavouras nos ltimos dias. Segundo ele, nas lavouras de feijo da primeira safra, com a cultura em plena florao e formao, a chuva excessiva fez com que as flores cassem, o que representa pelo menos 70% de perda. Na cultura do arroz irrigado, muitos agricultores no conseguiram semear as lavouras no sistema convencional. No sistema pr-germinado, houve pouca germinao por causa do excesso de chuvas e nas lavouras inadas os herbicidas no conseguem fazer efeito. "A perda de pelo menos 30%", disse o dirigente, complementando que o arroz sequeiro apresenta o mesmo panorama. Em relao ao fumo, os agricultores queixam-se que, com o excesso de umidade das folhas, depois de seco o produto apresenta pssima qualidade; os prejuzos tambm so na casa dos 30%. "As perdas por causa das chuvas, a incidncia de granizo e as molstias que atacam as plantaes esto deixando todos muito preocupados e muitos j no sabem como vo fazer para honrar os compromissos bancrios assumidos", complementa Sabin.