Logo Folha de Candelária
11/12/2009 13:06
Por:

Entidades pedem 19,5% de reajuste para o fumo

As entidades representativas dos produtores de tabaco - Federaes dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep) e da Agricultura (Farsul, Faesc e Faep) do RS, SC e PR e a Associao dos Fumicultores do Brasil (Afubra) - formalizaram reivindicao de reajuste para o preo do tabaco, safra 2009/10. A majorao pretendida de 19,5% sobre a tabela praticada no perodo anterior. A proposta foi apresentada aos diretores de quatro empresas fumageiras - Souza Cruz, Universal Leaf Tabacos, Alliance One e Kannenberg -, em encontros ocorridos nos dias 7 e 8, na sede da Afubra, em Santa Cruz do Sul. Conforme o presidente da Afubra, Bencio Albano Werner, o custo mdio de produo apurado chegou a R$ 5,80 por quilo. "O reajuste de 19,5% sobre a tabela da safra passada contempla a elevao dos custos e uma margem de lucratividade para os produtores rurais". J as empresas no apresentaram proposta. Por parte das entidades rurais, a estratgia de negociao foi diferente do que habitualmente ocorria. "Ao invs de esperarmos uma oferta, propusemos o reajuste. Cabe agora s empresas efetuarem suas anlises e dizer se aceitam ou se apresentam contraproposta", frisa Werner. O dirigente revela que novos encontros j esto pr-agendados para os dias 12 e 13 de janeiro. TABELA - Caso a majorao de 19,5% se concretize, o quilo de fumo da classe BO1, a mais valorizada, passar dos atuais R$ 7,07 para R$ 8,45 o quilo ou R$ 126,75 a arroba. J na classe TO2, usada como parmetro mdio, o quilo se elevar de R$ 5,68 para R$ 6,79 ou R$ 101,85 a arroba. No tocante produo da atual safra, tambm tema dos encontros com as indstrias, de acordo com Werner, a quebra estimada pelas entidades e pelas indstrias so compatveis. "Em termos gerais, dever se situar em torno de 10% nos trs estados do Sul do Brasil", ressalta. Com isso, segundo ele, a comercializao tende a ser favorvel para o fumicultor, visto que a demanda ser maior do que a oferta do produto. "Isto poder ocasionar, inclusive, uma valorizao maior do que eventualmente for estabelecido na tabela oficial de preos", finaliza o presidente da Afubra.