Homem morre ap�s cair de cavalo

A atividade de rotina se transformou em trag�dia. Na manh� de sexta, 29, o motorista Sandro Alex de Oliveira, 34 anos, cavalgava pela estrada do Albard�o junto com o tio Gentil Glashorester e o sobrinho Nilton Machado de Oliveira. Os tr�s levavam o gado da fam�lia para uma mangueira na propriedade de Alvandir Oliveira, pai de Sandro. Conforme Gessi Marques de Oliveira, m�e de Sandro, por volta das 11h30, os familiares contaram que ele ca�do do cavalo de forma s�bita. Logo ap�s a queda, Gentil e Nilton perceberam que Sandro j� estava desacordado e que sangrava pelo nariz e os dois ouvidos. Ele foi socorrido por familiares e deu entrada no Hospital Candel�ria por volta das 12h30. DRAMA - A m�e de Sandro conta que ele precisava ser transferido para uma UTI o mais r�pido poss�vel devido � gravidade do trauma sofrido na cabe�a durante o acidente. Entretanto, a transfer�ncia precisava ser feita com uma ambul�ncia equipada com UTI m�vel. Como a v�tima possu�a plano nacional da Unimed, imediatamente a fam�lia acionou a empresa, pois a mesma possui ambul�ncias com esses equipamentos. A fam�lia contou que a empresa teria informado o deslocamento de uma ambul�ncia de Lajeado para atender Sandro. Neste momento, tamb�m teria se conseguido uma vaga na UTI do Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre. Cerca de uma hora depois, a fam�lia foi informada pela empresa que a ambul�ncia precisou ir a Santa Cruz do Sul atender outra ocorr�ncia. De acordo com a esposa de Sandro, Ellen Bomfim, a atendente da Unimed em Lajeado disse para a fam�lia que "n�o era servi�o da empresa arrumar vagas em hospitais e que era para a fam�lia definir o destino para onde a v�tima seria transportada". "Arrum�vamos uma vaga no hospital e diz�amos para onde ele seria levado, mas a atendente dizia sempre que precisava confirmar o que ele tinha para enviar a ambul�ncia. Uma burocracia sem cabimento", relata a esposa. Ellen conta que entre as 12h e �s 17h a fam�lia perdeu vagas nas UTIs dos hospitais Cristo Redentor, em Porto Alegre, e Ana Nery, em Santa Cruz do Sul, em decorr�ncia da demora para vir a ambul�ncia. Somente �s 17h10 teria chegado a ambul�ncia da Unimed, vinda de Charqueadas, para levar Sandro at� o Hospital da Caridade, em Santa Maria, onde a fam�lia havia conseguido vaga minutos antes. Ele foi internado na UTI pr�ximo das 19h, ap�s cerca de duas horas de viagem em raz�o do desvio no trajeto pela queda da ponte em Agudo. A fam�lia conta que teria pedido inclusive um helic�ptero para a Unimed, mas que a empresa n�o teria disponibilizado o recurso. Devido � gravidade dos ferimentos, Sandro n�o resistiu e faleceu na noite do �ltimo s�bado, 30, v�tima de hipertens�o craniana. Segundo Gessi, a fam�lia dever� tomar provid�ncias contra a empresa. "A gente paga um plano caro para acontecer uma situa��o destas", indagou. A fam�lia agradece a toda a equipe do Hospital Candel�ria que foi incans�vel na tentativa de manter Sandro vivo at� a chegada da ambul�ncia. Os atos f�nebres foram realizados na capela mortu�ria da comunidade cat�lica e o sepultamento ocorreu no domingo, 31, �s 17h, no Cemit�rio Municipal de Candel�ria. O que diz a Unimed Na manh� de ontem, 4, a reportagem da Folha entrou em contato com a Unimed para ouvir sua vers�o sobre os fatos. Em nota enviada no final da tarde pela assessora de imprensa Josiane Rotta, a dire��o de opera��es da empresa disse o seguinte: "O atendimento aos casos de remo��o de paciente segue protocolos m�dicos. T�o logo o servi�o foi solicitado, a Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo (Unimed VTRP) entrou em contato com a Uniair - empresa de transporte aerom�dico contratada pela Cooperativa para estes servi�os. Sempre que � acionada, a Uniair define com equipe m�dica especializada como ser� a remo��o do paciente, se a�rea ou terrestre. � No caso do paciente Sandro Alex de Oliveira, de Candel�ria, a Uniair definiu pelo transporte terrestre e, como regra, acionou o SOS mais pr�ximo, que era o SOS da Unimed VTRP. Entretanto, nossa ambul�ncia UTI disponibilizada para este servi�o j� estava realizando uma remo��o de paciente, no trajeto Teut�nia-Passo Fundo, e, pela dist�ncia, s� retornaria � noite. Neste �nterim, foi providenciada uma outra ambul�ncia UTI, que estivesse dispon�vel e em local o mais pr�ximo poss�vel, sendo o paciente transportado em condi��es seguras para o seu destino."