Na Vila Botucara�, queixa � pela luz fraca

Al�m dos frequentes desabastecimentos, a popula��o da Vila Botucara� reclama h� anos uma solu��o para outro problema: a fraca intensidade da energia na localidade. Para ilustrar a situa��o e os transtornos decorrentes, moradores relatam que em algumas casas quando algu�m vai tomar banho � preciso desligar a televis�o. Instalada no in�cio da d�cada de 80 atrav�s de uma mobiliza��o da comunidade, a rede de luz que abastece a localidade n�o supre mais a demanda, gerando tamb�m preju�zos a comerciantes e moradores da regi�o. Segundo Roberto Weiss, propriet�rio do Posto Imigrante, o problema da luz fraca vem sendo sentido h� pelo menos quatro anos. Al�m disso, queixa-se que nos dias 29, 30 e 31 de dezembro de 2009, o posto ficou sem luz no pico do movimento. As �ltimas quedas aconteceram no �ltimo domingo, 7, quando o estabelecimento ficou aproximadamente quatro horas sem energia el�trica e na segunda-feira, 8, quando faltou luz das 5h45 at� �s 12h30. POSTES - O propriet�rio do Posto Imigrante frisa que em toda a regi�o, a rede est� com a tens�o baixa. Denuncia ainda que a estrutura est� prec�ria e sucateada com v�rios postes de madeira podres. "Com estes postes, qualquer vento derruba e coloca em risco os moradores que residem nas proximidades", diz. Sobre o servi�o de atendimento atrav�s do 0800 da AES Sul, Weiss salienta que a demora chega a ser de quatro a cinco horas para se conseguir uma liga��o. J� em Candel�ria, o atendimento do escrit�rio da empresa funciona somente duas vezes por semana no per�odo da manh�. "� inadmiss�vel uma cidade com mais de 30 mil habitantes receber este atendimento da AES Sul". Devido �s constantes quedas, v�rios equipamentos como computadores, impressoras, ar condicionado, entre outros, foram danificados. O propriet�rio ainda est� contabilizando os preju�zos para encaminhar ao seguro e entrar com uma a��o judicial contra a concession�ria de energia. COMUNICADO - Weiss lembra que em 2009 a AES Sul enviou um comunicado aos moradores, assinado pela ger�ncia t�cnica, reconhecendo a precariedade da rede e afirmando que no prazo de 90 dias, a partir da data do comunicado (16/02/2009), a empresa iria solucionar o problema. Por�m, nada foi feito neste per�odo. "J� estamos organizando um abaixo-assinado na comunidade para que a rede seja transferida para a Celetro, pois isso � um descaso da AES Sul", finalizou. O agricultor Hilton Lemes da Silva, 55 anos, tamb�m foi v�tima das constantes quedas de energia ao ter um freezer queimado. Na opini�o do agricultor, a rede n�o est� adequada com a evolu��o da comunidade. "Esta rede � a mesma que foi instalada e n�o est� suportando a carga, pois diferente daquela �poca, hoje a popula��o da Vila Botucara� dobrou", diz. O comerciante Ildonar Goelzer, propriet�rio do Mercado Goelzer, compartilha da opini�o de Hilton. Segundo ele, a baixa tens�o da rede � o principal problema. "Infelizmente eu n�o posso expandir o meu neg�cio devido a esse problema, pois a carga de energia existente n�o suporta os novos equipamentos que exigem uma voltagem maior", completou. CONTRAPONTO - Confrontado com as queixas e reivindica��es dos representantes da Vila Botucara� presentes � reuni�o convocada pelo prefeito Lauro Mainardi, o superintendente regional da AES Sul, Carlos Rocha, afirmou n�o serem incomuns situa��es como essa, na qual uma determinada localidade apresenta consumo superior ao que est� previsto pela empresa. Ap�s se inteirar dos fatos, Rocha manteve um contato telef�nico com a empresa e confirmou j� haver um procedimento em estudo para regula��o do n�vel de tens�o na Vila Botucara�. Ele anotou os telefones de Roberto Weiss e Ildonar Goelzer e prometeu, pessoalmente, dar um retorno a respeito das provid�ncias poss�veis para a situa��o. "N�s queremos vender energia. Para isso, temos que achar o caminho e, assim, solucionar essa quest�o", prometeu.