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25/08/2009 16:56
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Prefeito Lauro: ?N?o aceito dois PSDB?

A contrariedade em relação às manifestações contrárias de vereadores do PSDB ao governo municipal foi oficializada na última sexta-feira, 11. Em correspondência encaminhada ao presidente da Executiva da sigla que tem o tucano como símbolo, o prefeito Lauro Mainardi pediu uma posição oficial a respeito da questão até a próxima sexta-feira, 18. Conforme a Folha noticiou no dia 4 de maio, o PMDB encaminhou oficío ao prefeito pedindo o desligamento da aliança que dá sustentação à administração. A solicitação se baseou na alegada incoerência política de vereadores tucanos, que estariam mais afinados com a oposição do que com a situação.
Ouvido a respeito do pleito do PMDB, o prefeito Lauro Mainardi disse que iria analisá-lo com cautela, levando em conta o projeto da coligação Um Governo para Todos. Ontem, ele disse que não poderia tomar nenhuma atitude sem antes ouvir o PSDB, justificando, assim, a correspondência. Neste sentido, enfatizou que não pode mais aceitar dois PSDB, partido que, segundo lembrou, ajudou a contruir em Candelária. Conforme argumentou, existe um PSDB que fala mal do governo e outro que ocupa cargos no governo. “Um deles terá que deixar de existir; não pode haver meio termo”, sustentou o prefeito.

Partido se mostra dividido
É fácil identificar uma divisão dentro do PSDB de Candelária. De um lado, estão pessoas perfeitamente identificadas com a administração, caso do secretário municipal de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, Orlando Kochenborger, da primeira-dama Jussara Mainardi e do presidente da Executiva Municipal, João Moraes. O secretário municipal de Obras João Francisco da Silva, que também integrava esse grupo, deixou o partido há alguns dias. De outro lado, figuram o presidente da Câmara, Anselmo Vanderli da Silveira, o Vandi, e, sobretudo, o vereador André Rohde, cujos pronunciamentos e posicionamentos demonstram grande insatisfação com o governo municipal. Já o vereador Leonir Menezes manifestou publicamente nos últimos dias sua intenção de deixar o PSDB. Segundo declarou, o caminho mais provável é seu retorno ao PDT, sigla pela qual se elegeu vereador pela primeira vez.
Uma reunião na noite de ontem, que contou com a presença de várias lideranças do PSDB, debateu a situação. A reportagem da Folha tentou ouvir o presidente João Moraes a respeito das deliberações, mas ele preferiu não antecipar nada sem repercuti-las com outras lideranças do partido.