Agricultores reclamam de cobran�a de taxa para retirada de �rvores

Al�m de deixar incont�veis preju�zos nas culturas, a enchente ocorrida no dia 4 de janeiro ainda est� trazendo contratempos aos agricultores que tiveram as suas propriedades atingidas pelas cheias do rio Pardo. Na localidade de Linha do Rio, v�rias �rvores nativas ainda se encontram no meio das lavouras, impedindo que os moradores preparem as terras para o plantio. Nesta semana, a not�cia da cobran�a de uma taxa para a libera��o de corte das �rvores nativas gerou revolta nos propriet�rios. O agricultor Arlindo Schunke teria ouvido em uma esta��o de r�dio que para retirar as �rvores nativas que est�o localizadas em cinco hectares de sua propriedade e utilizar para o consumo pr�prio, teria que pagar uma taxa de aproximadamente R$ 300,00. "J� tive um preju�zo enorme com a enchente, pois perdi boa parte da safra de fumo e n�o consegui plantar milho. Preciso retirar aquelas madeiras da minha propriedade para plantar a pr�xima safra, mas pretendo utilizar aquele material e n�o aceito pagar esta taxa de libera��o, pois � muito caro", frisou. Schunke frisou que, al�m dos moradores da Linha do Rio, outros, residentes no Passa Sete e na Costa do Rio tamb�m convivem com o problema. "N�o sabemos o que fazer, se d� para retirar ou n�o. N�o temos culpa que estas �rvores vieram parar em nossas propriedades com a enchente", ponderou. J� o agricultor Rog�rio Schunke conta que pagou a taxa e j� est� realizando o trabalho de retirada das madeiras em sua propriedade, as quais salientou que ir� utilizar para consumo pr�prio. Rog�rio observa que a taxa para a libera��o gira em torno de R$ 300,00. "Paguei para poder realizar o servi�o de limpeza o mais r�pido poss�vel e poder utilizar a madeira, mas n�o acho justo que cobrem este valor", diz. CONTRAPONTO - De acordo com Lidiane Rathke, diretora de divis�o do Meio Ambiente da secretaria municipal de Agricultura e Meio Ambiente, a taxa � para cobrir custas de projeto t�cnico de licenciamento para o uso de recursos florestais. Ela diz que para os agricultores utilizarem a madeira nativa, � necess�rio fazer um projeto t�cnico com especialistas na �rea florestal, o qual gera um custo entre R$250,00 e R$ 300,00. A diretora disse ainda que os agricultores das �reas atingidas que quiserem utilizar sob forma de lenha as madeiras que n�o s�o nativas, devem procurar a secretaria para realizar o cadastro. "Ap�s um levantamento fotogr�fico, a lenha � liberada sem custos aos produtores", garante. Sobre a simples retirada da madeira sem que os agricultores fa�am o uso das mesmas, a diretora salientou que � necess�rio que tamb�m se fa�a o cadastro na secretaria de Agricultura. Jo�o-de-Barro Ainda sobre a recupera��o das margens do rio Pardo, Lidiane aproveita para lembrar que o projeto Jo�o de Barro est� em andamento, e que os agricultores que possuem propriedades nas margens do rio est�o sendo orientados a realizar o abandono de um espa�o m�nimo de 30 metros do rio, visando � recupera��o natural do mesmo, principalmente nos locais mais afetados. "Contamos muito com a colabora��o dos agricultores para recuperarmos o Rio Pardo", finalizou.