Pol�tica e Religi�o

Algu�m certa vez disse: "Pol�tica e religi�o n�o se deve discutir". Outro afirmou: "Religi�o e pol�tica n�o devem se misturar". Ambas as frases viraram ironia, pois pol�tica e religi�o, ao lado do futebol, s�o os assuntos sempre presentes nas rodas de conversa. Tais debates s�o positivos, em especial se forem discutidos em n�veis construtivos. Por�m, misturar a religi�o com a pol�tica � um grande erro. Cristo jamais assumiu uma posi��o partid�ria. Infelizmente tal erro tem sido comum na corrida pela presid�ncia do Brasil. No tempo de Jesus a situa��o pol�tica era bastante curiosa: o imp�rio romano havia invadido a Palestina e dominava o povo. O Imperador (C�sar) colocava um governador como representante no local (Pilatos) e para dar uma de bonzinho permitia que o povo tivesse um rei (Herodes), que na verdade tinha um poder muito limitado e que devia ser sempre submisso a C�sar. O povo estava cansado dessa submiss�o. Nessa efervesc�ncia partid�ria pedem para Jesus se posicionar, fazendo-lhe uma pergunta sobre o imposto. A pergunta foi: "� ou n�o � contra a nossa Lei pagar impostos ao Imperador Romano (C�sar)?" O texto escrito em Mateus 22.15-22 revela que Jesus sabia que se tratava de uma armadilha, pois se ele dissesse que era justo, o partido dos judeus ficaria contra ele. Se ele dissesse que n�o era justo, o partido ligado ao governo iria o prender. Jesus ent�o pergunta de quem era o desenho que havia na moeda. As pessoas prontamente disseram que era o desenho de C�sar (imperador). Ent�o diz a famosa frase: "Dai a C�sar o que � de C�sar e a Deus o que � de Deus". Com essa frase Jesus n�o estava ficando em cima do muro, ele n�o estava apenas dando uma de esperto, mas estava estabelecendo a verdade de que pol�tica e religi�o n�o se misturam. Um posicionamento partid�rio, como diz a palavra, � a favor de uma "parte" e n�o de "todos". Cristo � para todos. Na pol�tica, o crist�o individualmente estabelece o ponto de contato, sendo sal e luz do mundo. Assumamos individualmente, com o voto, nossas convic��es, mas certos de que nenhum ser humano � perfeito e digno de toda confian�a (Sl 146). Na religi�o, o dever daquele que proclama a Palavra de Deus � anunciar o nome de Jesus. Nele podemos confiar. Podemos n�o somente depositar nosso voto, mas toda a nossa vida em suas m�os (Sl 37.5). Pastor Ismar Lambrecht Pinz