Pacientes internados s� podem ser transferidos por decis�o m�dica

As dificuldades em torno da remo��o de pacientes de um hospital para outro s�o comuns na regi�o e seguidamente v�m � tona. Em Candel�ria, o assunto foi comentado recentemente durante a sess�o da C�mara de Vereadores e na ter�a, 19, a Folha recebeu o telefonema de uma mulher que pedia provid�ncias para a interna��o e a transfer�ncia de um familiar. O que se percebe, nestas situa��es, � que a popula��o desconhece os procedimentos adotados pelo Hospital Candel�ria bem como suas limita��es de atendimento. Na tentativa de esclarecer estes pontos, a reportagem da Folha manteve contato com o secret�rio municipal da Sa�de, Aristides Feistler, e o administrador do hospital, Paulo Kirst. Feistler explicou que o munic�pio de Candel�ria n�o faz a gest�o hospitalar porque este � um servi�o de m�dia complexidade, cuja compet�ncia � do Estado. Tamb�m informou que as transfer�ncias hospitalares n�o s�o atribui��o do munic�pio, mas do m�dico respons�vel pelo paciente. "� este profissional quem tem o diagn�stico e, portanto, ir� avaliar a gravidade da pessoa que est� internada devendo solicitar a transfer�ncia quando n�o houver resolubilidade no hospital local", disse. Se houver necessidade de leito de UTI � feito contato com a Central Estadual de Leitos, que faz a regula��o de todos os leitos do Estado. "Neste caso, quem faz o encaminhamento tamb�m � o m�dico. � ele quem vai acertar isso com outro profissional da �rea. O contato � de m�dico para m�dico", completou Kirst. "A� n�o � o hospital quem vai definir o local para onde o paciente ser� transferido. Isso � acertado pela Central, que monitora as vagas dispon�veis em todo o Estado", observou. IMPORTANTE - Kirst tamb�m destacou que o Hospital Candel�ria possui quatro aten��es b�sicas: a Pediatria, Obstetr�cia, Cl�nica M�dica e Cl�nica Cir�rgica. "Por isso n�o temos como atender outras especialidades. At� fizemos os primeiros atendimentos nos casos de urg�ncia, mas o paciente � encaminhado para um hospital de refer�ncia, que tenha condi��es de disponibilizar o tratamento adequado", afirmou. Na �rea de traumatologia a refer�ncia de Candel�ria � o hospital Santa Cruz; neurologia e cardiologia, o Bruno Born de Lajeado; oncologia, o Ana Nery de Santa Cruz. J� na �rea de depend�ncia qu�mica ou sa�de mental o Hospital Candel�ria serve de refer�ncia para os munic�pios da 13� Coordenadoria Regional de Sa�de. MAIS - A secretaria municipal da Sa�de s� tem obriga��o de encaminhar os casos considerados eletivos (sem urg�ncia ou emerg�ncia) de pacientes que n�o estejam internados. Como exemplo, pode-se citar o agendamento de uma cirurgia ou de uma consulta com especialista. Quanto �s transfer�ncias, determinadas pelos m�dicos, o que ocasiona a dificuldade para a obten��o de vagas �, sem d�vida, a falta de leitos nos hospitais.