Jornalista mata amigo com espeto

O jornalista M�rio Lu�s da Silva Martins, 43 anos, executou o amigo Juliano Moraes Ribeiro, 28, a golpes de espeto, na madrugada da �ltima ter�a, 9, em sua resid�ncia, na rua Ernesto Pertile, no bairro No�mia. Depois de matar Ribeiro, ele acionou a Brigada Militar pelo telefone para informar que havia cometido o homic�dio. A Brigada foi ao No�mia e encontrou Martins sentado no port�o em frente � sua casa, ocasi�o em que foi preso em flagrante pelo assassinato. Com larga experi�ncia na imprensa de Cachoeira do Sul, Martins foi revelado na reda��o do Jornal do Povo, passando tamb�m pelo Jornal O Correio. Ele atuou ainda como o assessor de imprensa da Sociedade Rio Branco, da Fenarroz, da prefeitura de Novo Cabrais e desenvolveu projetos para a Ulbra. Por �ltimo, participou da campanha de reelei��o do deputado estadual Mano Changes. Quando ainda estava preso na viatura da Brigada, Martins concedeu entrevista e relatou que h� cerca de oito anos era amigo de Ribeiro. O amigo teria chegado na noite de segunda-feira na casa de Martins, no No�mia, com pedras de crack e duas garrafas de cacha�a. Martins salientou que os dois beberam, mas alegou que apenas Ribeiro havia usado a droga. "Eu n�o uso crack, apenas coca�na, mas n�o usei. S� tomei cacha�a", garantiu o jornalista. PREMEDITA��O - De acordo com Martins, depois de usar crack Ribeiro ficou violento e lhe agrediu com socos, como j� havia feito em outras oportunidades. Revoltado com as agress�es sofridas, ele esperou o amigo adormecer para cometer o homic�dio. "Eu arrumei o colch�ozinho e ele dormiu de bru�os. Eu tinha o espeto escondido no cantinho e a� eu enfiei pelas costas", revela Martins. Ele observa que deu entre quatro e cinco golpes na v�tima, que, ferida, se arrastou para a rua, morrendo praticamente nua na �rea da frente da casa, que fica na esquina do Campo da Bica. Enquanto a Pol�cia Civil fazia o levantamento da cena do crime, v�rias pessoas se reuniram na rua para acompanhar o trabalho, chocadas com o assassinato. PRESO - M�rio Martins foi conduzido pela Brigada Militar at� a Delegacia de Pol�cia de Pronto Atendimento, onde teve sua pris�o em flagrante lavrada pelo delegado Celso dos Santos Tavares. O flagrante foi acompanhado por um advogado, amigo do jornalista, que pediu para n�o ser identificado. Martins estava alterado, aparentando embriagu�s, e n�o chegou a ser interrogado na Delegacia. Ap�s o flagrante, foi recolhido ao Pres�dio Estadual de Cachoeira do Sul. (Com informa��es de Robson Neves/Jornal do Povo) Drogas, �lcool e brigas teriam motivado o homic�dio Na tarde de ontem, a reportagem da Folha conversou com o delegado de pol�cia Jos� Taschetto Mota, respons�vel pelas investiga��es. Ele contou que no depoimento Martins afirmou que s� falaria em ju�zo. As investiga��es apontam que o jornalista era seguidamente agredido por Ribeiro. Com rela��o �s drogas, Mota disse que a pol�cia j� tinha conhecimento do v�cio de Martins h� pelo menos um ano. "O M�rio Martins sempre foi um jornalista conceituado em Cachoeira do Sul, andava sempre bem vestido, mas h� um ano ele entrou no mundo das drogas e para manter o v�cio come�ou a furtar pertences da casa da fam�lia", observou. A Pol�cia Civil est� aguardando os laudos sobre o estado de sa�de e psicol�gico do jornalista e n�o descarta sua transfer�ncia para uma unidade psqui�trica. Martins dever� responder pelo crime de homic�dio doloso (com a inten��o de matar sem possbilitar defesa � v�tima). O inqu�rito deve ser conclu�do em at� 10 dias.