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Relanamentos (ou os Menudos na minha vida)
L pelo fim dos anos 70 e incio dos 80, surgia uma banda que fazia muito sucesso entre os jovens de at 15, 16 anos (e estava e estou fora disso). Cinco adolescentes, sob o belssimo nome de Menudo, encantavam plateias da Amrica Latina, intercalando nos shows animadssimas msicas com hits romantssimos, tudo assim, no superlativo. Para os adultos, ou at mesmo jovens e crianas que no achavam o Menudo grande coisa, era incompreensvel a histeria, principalmente delas, das jovens fs, o que gerou um dos adgios mais conhecidos na poca: "Igual tosa de porco: muito grito para pouca l". Os Menudos, como ficaram conhecidos na pluralidade, tinham hbitos peculiares, como usar roupas de tecidos brilhantes, coladas ao corpo, e cabelos penteadssimos, moldados base de gel. Passado algum tempo do sucesso, estudiosos do assunto garantem que, deslumbradas pela beleza dos jovens porto-riquenhos, os gritos histricos das fs que ecoaram pelo mundo comprometeram seriamente a estrutura das calotas polares, fazendo montanhas de gelo desmoronar no oceano, resultando no que hoje conhecido como aumento das mars pelo aquecimento global.
Mas como sempre acontece no mundo fashion, volta e meia a moda reeditada, e agora a coisa no diferente. Eis que quatro guris paulistas resolveram reeditar a febre dos Menudos e formaram o grupo Restart. Qualquer semelhana com o passado no mera coincidncia, e isso se pode observar at no nome da banda, que, traduzido significa "Relanamento". E as similaridades no param por a. As msicas, tais quais as dos Menudos, por vezes denotam tristeza, como "Lembranas": "Naquela tarde era voc e eu/ Parece estranho mas no sei bem o que aconteceu/ Passou to rpido eu mal podia respirar/ Com tanta coisa na cabea e nada pra pensar". Este negcio de coisa na cabea me fez lembrar de uma histria que aconteceu com o prefeito de uma pequena cidade do interior. Abre parntese. Na solenidade de inaugurao de uma ponte, estava a comunidade reunida com as autoridades, quando passou uma pomba e fez coc na cabea do prefeito. Para no atrapalhar o protocolo, ele discretamente deu uma cotoveladinha na costela de seu assessor e perguntou: - , Fulano, o que que eu tenho na cabea? E o assessor prontamente respondeu: - bosta, prefeito. E o prefeito refutou: No, bobalho, pelo lado de fora. Fecha parnteses. Por isso que quando algum fala que tem muita coisa na cabea e no consegue pensar, arrisco dois palpites: ou chifre ou bosta, mesmo.
Voltando ao assunto, ruim por ruim, o Restart se identifica mais com os Menudos nos trajes, multicoloridos. Calas verde-blis, amarelo-vmito-de-xis-milho, azul-calcinha e, rosinha (que fofo, hehehe). E pelo visto so mais apertadas que alpargatas de gordo. Observando o "show" acredito que toda aquela entonao, emoo e melao nas msicas, que por vezes parecem meninas de oito anos cantando as msicas da Xuxa, tem tudo a ver com testculos (mais conhecidos por ovos) esmagados. No, fala srio, vocs, rapazes. Digam que conseguiriam cantar alguma msica com os ovos divididos pelas calas. Por isso vamos desculpar os pis. Ah, e tem mais, os que no usam cala que aperta os ovos, tem outra mania, a de deixar parte do rego (fiof) mostra e fazer propaganda da calcinha cueca.
Mas como tudo passa, acredito que esta modinha seja efmera, como aconteceu com os Menudos. Eu lembro bem que meu amigo Marcos Escobar tinha toda a coleo de LPs dos Menudos. E o Pinto (Erian) passava o dia inteiro na casa dele s pra curtir os acordes porto-riquenhos. Hoje o Escobar s curte msica gaudria e o Pinto ligado num rock. Sinais dos tempos, fases, fases!