Sirene para o Natal

A triste hist�ria da adolescente que recebeu vaselina na veia no lugar de soro revela de forma tr�gica que um simples erro humano pode ser fatal. Um hospital de S�o Paulo, que tinha a tarefa de socorrer a paciente, seguiu pelo caminho inverso. As embalagens eram id�nticas, mas os conte�dos bem diferentes. J� disse o S�bio que "h� caminhos que parecem certos, mas podem acabar levando para a morte" (Prov�rbios 14.12). Segundo estat�stica, a probabilidade de morte decorrente de rem�dios mal administrados em pacientes hospitalizados � tr�s vezes maior do que as mortes por acidente automobil�stico. Falhas humanas desta natureza est�o cada vez mais evidentes quando depende-se da tecnologia para quase tudo nesta vida cibern�tica. A palavra "cibern�tica" vem do grego e significa "timoneiro", aquele que pilota a embarca��o. Hoje � um termo usual para expressar a complicada rela��o homem-m�quina. Al�m da nociva depend�ncia tecnol�gica, tamb�m nos transformamos em rob�s ao fazer as coisas automaticamente - sem nos dar conta dos atos e das consequ�ncias. Deve ter sido assim com a enfermeira, tamb�m v�tima da rotina estressante de um despreparado hospital. Ela n�o percebeu que injetava na veia da menina a pr�pria morte. � Advento, tempo para fugir da automa��o espiritual e refletir mais atentamente sobre o que � soro e o que � vaselina nesta sociedade que virou um grande e confuso hospital. Por isto a voz de Jo�o Batista, sempre destacada neste per�odo no p�lpito das igrejas: "Arrependam-se dos seus pecados porque o Reino do C�u est� perto" (Mateus 3.2). Arrepender-se literalmente no grego � "mudar de mente". Naquele tempo b�blico como hoje, as pessoas corriam sem saber para onde iam, e injetavam nas veias da alma uma religiosidade viscosa e mortal. Ao pedir arrependimento Jo�o Batista dizia: "Preparem o caminho para o Senhor passar" (3.3). Igual a ambul�ncia que pede passagem! Esta � estridente "sirene para o Natal" do Deus que se tornou gente a fim de salvar as gentes desenganadas. Gra�as a Deus que ainda � tempo para dar passagem... Texto do pastor Marcos Schmidt