M?sica nativista, popular e brasileira

* Por Guto Kochenborger - Candelariense
Desde o surgimento dos festivais nativistas no início da década de 70, esse movimento cresceu, evoluiu e se enraizou. Hoje existem no Estado cerca de cinqüenta eventos por ano, um número incrível, em se tratando de cultura regional em um país onde não há incentivo para tal. Os festivais, que atualmente são a maior fonte de criação e sustentação da nossa cultura, caracterizam-se pela obrigatoriedade de composições inéditas, contribuindo diretamente com a qualidade e quantidade que produzimos no momento. Desta vertente surgiram nomes como Luiz Marenco, Jarí Terres, Lizandro Amaral, Pirisca Grecco, Leonel Gomez, Joca Martins, entre outros. Isso sem falar nos bons instrumentistas que se multiplicam a cada dia.
Também oriundos deste movimento tão pulsante e competitivo, desembarcam em Candelária para uma apresentação amanhã à noite, no CTG Sentinela dos Pampas, César Oliveira e Rogério Melo. A dupla de são-gabrielenses vive o auge de sua carreira, tendo sido indicada ao Prêmio Tim de Música na categoria Melhor Dupla Regional, com “Pátria Pampa ao Vivo”. Acompanhados de músicos de alto nível e amplamente premiados individualmente, eles fazem um show com um ritmo agradável e descontraído, retratando causos pitorescos, mas sem deixar de lado as dificuldades e a rudez do homem de campo. Imperdível para os admiradores da música nativista e recomendável para os apreciadores de boa música!
Torço para que a iniciativa de trazer estes grandes artistas para nossa terra seja o primeiro passo para entrarmos de vez no roteiro cultural de nosso Estado. Mas, para isso, é necessário que a comunidade abrace esta idéia comparecendo em grande número neste evento.
Será um grande espetáculo da música nativista, que agora, com o reconhecimento do centro do país, pode-se dizer também que é popular e brasileira.
Parabéns, patrão Clécio! Que peitaço!!