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Por que as coisas acabam
* Por Meire Mundstock - Fotógrafa
As coisas não acontecem por acaso, e é uma pena que muitas pessoas não sabem valorizar o que acontece em Candelária e que, invevitavelmente, estão acabando, como por exemplo os concursos de beleza. Quanto a isto cabe uma indagação: será que as pessoas convidadas para julgar não sabem avaliar os quesitos das candidatas ou só podem ganhar aquelas que os pais querem?
Sempre estive à frente de muitos concursos, tanto em Candelária como fora daqui, o que me gratifica. Considero maravilhoso poder vivenciar estes momentos com as candidatas, conversando, ensinando, dando apoio, participando com elas em cada momento; e tenho a convicção de que estes momentos alegres não são só meus, como delas também. Mas que pena que existem pessoas com mentes pequenas e mal-intencionadas e que, infelizmente, estão fazendo com que os concursos acabem. Uns acham que por eu estar entre as candidatas e os jurados tenho como manipular os resultados. Certa vez, em um concurso de Musa do Sol, realizado na Linha do Rio, antes mesmo da escolha acontecer já havia comentários sobre quem seria a vencedora. E os jurados, para que viriam? Para surpresa de todos os faladores, a vencedora foi outra. Num outro concurso, de Garota Verão, a vencedora era amiga da “fulana de tal”. Ela ganhou não pelos votos do júri, nem por sua beleza, mas por ser amiga... E na escolha das soberanas do município, poderíamos também manipular os votos dos prefeitos? Porque os comentários eram dos mais diversos: uma era irmã da ... a outra trabalha aqui ou ali.... a outra é a filha do fulano...E daí, estas não poderiam ter participado? Sobre a escolha da rainha do Carnaval, esta sim, deu muito pano pra manga e nem vamos comentar.
Recentemente houve a escoha do Boneca de Candelária. Será que os jurados estavam despreparados ou será que vieram com as notas prontas porque conheciam as candidatas? Pois é, ouvi isso tudo; que eles não entendiam de beleza e desfile e que alguém havia dado “dicas” aos jurados. As meninas eram todas verdadeiras “bonecas”, o que tornou muito difícil a escolha da comissão julgadora, toda vinda de fora.
Não há como valorizar os concursos em nossa cidade se uma pequena parcela de pessoas fica inventando histórias de que tudo é manipulado, que sempre há “panelinha” e que os votos são comprados. Se fosse assim, não precisariam existir as escolhas, uma vez que muitos pais não aceitam os resultados por não admitirem que suas filhas percam. Ao não aceitarem o resultado, se utilizam de todas as formas de expediente para desvalorizar o trabalho que fazemos com carinho, desmerecendo também os que têm a difícil tarefa de escolher entre uma ou outra. Isto, sim, é digno de repúdio.