Logo Folha de Candelária
25/08/2009 16:56
Por:

Quem ? este tal de Carvalho?

Dentre as coisas que me impressionam na televisão, o futebol talvez seja a principal (não, não vou falar de Libertadores e nem de Grenal). Os amigos leitores talvez não tenham notado, mas é incrível o número de jogadores de sobrenome Carvalho espalhados pelo país. Os potentes microfones instalados à beira dos gramados trabalham como aliados desta singela tese ao captarem gritos histéricos dos técnicos em xingações do tipo “Passa a bola, Carvalho”, “Óia a marcação, Carvalho”, “Olha o ladrão, Carvalho”, “Zorra, Carvalho, vou te trocar”, e por aí vai. Geralmente é o Carvalho o culpado de tudo de ruim que acontece durante os jogos. No entanto, analiso isto como um gesto de respeito dos treinadores ao se recusarem de chamar os jogadores por apelidos estranhos, como Pinga, Checo, Teco, Ih-Árlei, Chris-Tchan, Sarja, Pato, etc... Por falar em pato, num certo jogo do último domingo o Pato não esteve em campo, mas estiveram outros onze, porém eu já disse que não falaria em Grenal aqui. Outro fato que me ocorreu dia destes diz respeito àquele play-back com gritos de torcida, palmas, uuuuh’s e outras gritarias que sempre acontecem após os gols. Num dos jogos do Brasileirão do final de semana, a torcida local tinha mais do que 30 mil e a visitante não mais que 900. No outro dia, quando passaram os lances da partida no Globo Esporte, parecia que os gols foram marcados pelo time anfitrião. Ou uma ou outra: ou a Globo está botando o som igual para fazer fundo à narração de todos os gols ou algumas torcidas organizadas devem ser compostas só por tenores, que chegam a abafar o som da imensa maioria. Também não entendo o que o juiz tem a ver com a rede de lojas Feira da Fruta, de Porto Alegre. Sempre que o árbitro erra alguma marcação ou privilegia algum time, a torcida do time prejudicado descamba a gritaria: “Feira da Fruta”, “Feira da Fruta”. Se bem que um mamão com açúcar não faz mal a ninguém. Por falar em mamão com açúcar, o Gren... deixa pra lá. Vá entender estas coisas da televisão. Tem marketing pra tudo. Daqui alguns dias vão aparecer até expressinhos dando chocolates no gramado!

A tocha
A tocha dos Jogos Panamericanos está percorrendo todo o brasilzão. Enquanto isso, no campo político tem gente atochando de tudo quanto é jeito. Atocha daqui, a tocha dali e os trouxas assistindo a tudo. Por falar em assistir a tudo, a seleção brasileira, sob o comando do “menino Robinho”, como faz questão de dizer o Galvão Bueno (que de bueno não tem nada) fez um belo fiasco quarta-feira. Eu já não gostava do Amoroso do Grêmio e agora tenho que agüentar outro jogador com sobrenome “Love”, o Vagner. Eles são uns verdadeiros amores para os times adversários.