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Filho do primeiro prefeito fala sobre a evolu??o do munic?pio
Candelária foi emancipada pelo Coronel Intendente Albino Lenz e seus colaboradores em 7 de julho de 1925. A partir desta data, a vila Candelária, pertencente a Rio Pardo, tornou-se mais um município do Rio Grande do Sul. Rui Albino Lenz, filho do ex-prefeito, relata a evolução e a urbanização da Terra do Botucaraí.
Rui nasceu em 20 de maio de 1930. Na infância e juventude, juntamente com seus irmãos, estudou no colégio interno Marista São Luiz em Santa Cruz do Sul e, posteriormente, em uma escola agrícola de São Leopoldo. Segundo conta, o pai sempre relatava que a urbanização de Candelária iniciou logo após a emancipação do município, em 1925. “Na sua primeira administração, meu pai procurou criar condições para a evolução do novo município. As primeiras ruas de Candelária surgiram de doações espontâneas dos habitantes, que eram, na sua maioria, donos de grandes propriedades. Como a prefeitura não tinha recursos, os próprios moradores alinhavam as ruas”, relata. Segundo Lenz, a cidade começou a se formar entre os dois arroios do município, o Laranjeiras e o Molha Grande. Ele ainda destacou a grande dificuldade de transportes entre Candelária e outros municípios. “ A cidade era muito isolada no começo, não possuía pontes nos arroios. O acesso era somente pela estrada, atual Avenida Pereira Rêgo, que ligava Candelária a região centro-serra”, explica.
Lenz também lembra da bela arborização que as ruas da cidade possuíam, principalmente na década de 40. “As primeiras espécies de árvores foram os plátanos, após as ruas tiveram os cinamomos, ligustres e, atualmente, as tipuanas”, expõe. Rui destaca que o calçamento das ruas iniciou em meados da década de 60 na última administração de Albino Lenz. “As ruas começaram a ser calçadas em frente ao Clube Rio Branco e seguiram pela estrada (Av. Pereira Rego) até a descida onde cruzava o Arroio Laranjeiras e depois até a ponte do arroio Molha Grande. As demais ruas foram de acordo com o interesse dos moradores. A prefeitura sempre reunia os habitantes de determinada rua e perguntava quem queria o calçamento. Os moradores que queriam pagavam a obra para o lado de suas residências e a prefeitura entrava com a contrapartida com o calçamento do meio da via pública, já os que não queriam, a prefeitura cobria e calçava igual toda a rua.”
Ao chegar nestes 82 anos, Rui Lenz vê com otimismo e alegria a evolução de Candelária. “Mesmo sendo um município agrícola, Candelária esta evoluindo muito. No seu início foi muito difícil à cidade crescer, faltou à industrialização que já existia nos grandes centros nas décadas de 50 e 60. Hoje vejo a expansão que o município esta tendo, empresas de fora estão investindo aqui, o que atrai mais emprego e mais dinheiro circula na cidade. Fico feliz que a minha terra está caminhando no rumo certo, no rumo do progresso”, concluiu.