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Gente de fora Candel?ria que fez bonito em Candel?ria
Por Marli Marlene Hintz, pesquisadora e escritora
Assim como tem gente de Candelária desenvolvendo belos trabalhos lá fora, há aqueles que, por incumbência de um trabalho em nosso município, sonharam em fazer além, por amor a nossa terra. A todos estes, além dos que aqui não estão mencionados, nossa gratidão!
Marco Antônio Mallmann - Nascimento: Santa Clara do Sul, distrito, na época, de Lajeado.
Graduação: Bacharel em Comunicação Social, pela UFSM (1985)
Em 1986, transferiu-se para Candelária, a fim de reali-zar seu sonho de fundar um jornal. E surge assim a Folha de Candelária.
Seu trabalho tem destaque não só pela criação de um meio de informação para a comunidade, mas também por suas ações concretas no desenvolvimento de uma consciência coletiva acerca da importância de valorizar as belezas do município, bem como da relação homem/meio ambiente, atuando na área da preservação ambiental. Seu estilo de vida era um exemplo diário de amor por Candelária. Foi um dos idealizadores do grupo cultural Nossa Gente.
Pe. Cristóvão de Menonça - Nome de batismo: Rodrigo de Mendonza Orellana.
Nascimento: 1589, em Santa Cruz de La Sierra, descendente de uma das mais nobres famílias da Espanha.
Graduação: Colégio dos Jesuítas de Tucumã, onde se tornou padre, integrando-se à Companhia de Jesus.
Esteve na Redução Jesus-Maria, desde a sua fundação em 1633. Foi o responsável pela introdução das matrizes de gado, cavalos e ovelhas em nossa localidade, animais estes que não havia antes. Toda riqueza pastoril, encontrada pelos primeiros imigrantes, deve-se a sua atuação, sendo, por isso, chamado de Padroeiro das Estâncias.
Martirizado em 26 de abril de 1636, às margens do arroio Ibia, seus restos mortais retornaram à Redução Jesus-Maria, onde foi sepultado.
Pastor Wilhelm Schütze - Nascimento: 25-09-1897, em Riga, capital da Letônia.
Veio a Candelária como pastor, em 1931, assumindo a Comunidade Sinodal, criada em 1926, quando evangélicos se desvincularam da Igreja Independente de Candelária.
Visionário, foi o mentor de um educandário Sinodal com templo. Devido à sua determinação e bons relacionamentos na Europa, buscou verbas, na forma de doação, para a construção de um complexo educacional, junto a vários países vinculados à Língua Alemã. Na área de 110ha, adquiridos com recursos recebidos, foram construídos prédios que abrigaram 200 alunos internos, desde o maternal até a 8ª série, e toda uma infraestrutura técnica-agrícola e igreja. Além de diretor do colégio-agrícola-internato e pastor, trabalhou com afinco na busca de matrizes agropecuárias para pequenos agricultores candelarienses, criando a Liga dos Colonos.