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Região 03/09/2021 12:11
Por: Diego Foppa

Hospital Sílvio Scopel terá sede leiloada

Área foi avaliada em R$ 1,5 milhão, mas poderá ser arrematada por 50% deste valor no próximo dia 8

Fechada desde abril de 2017, a Associação Beneficente Sílvio Scopel terá leiloada por determinação judicial a sua sede, localizada no bairro Rio Branco, em Cerro Branco. O leilão presencial ocorrerá na próxima quarta, 8, às 10h15, na Rua Silvio Scopel, número 1153, no escritório do leiloeiro Marcelo Trevisan, em Cachoeira do Sul, e qualquer pessoa física ou jurídica poderá participar, desde que apresente os documentos de identificação no ato. O leilão foi autorizado pela juíza Nadir Fátima Zanotelli Coimbra, da Vara do Trabalho de Cachoeira do Sul, em razão de uma dívida trabalhista da casa de saúde com uma ex-funcionária. 

O lote possui 2.279 metros (prédio e terreno) e foi avaliado em R$ 1,5 milhão e será vendido no leilão com lance mínimo de 50% deste valor, ou seja, R$ 750 mil. Se for vendido, o comprador poderá dar uma entrada com 25% do valor e parcelar o restante em até 30 vezes. Além disso, o comprador estará isento de qualquer outra pendência financeira que possa existir (como IPTU, por exemplo). Na área que irá para leilão está inserida a Unidade Básica de Saúde (UBS), que possui 16,5 x 32 metros e será desmembrada para o município.  

Segundo o prefeito de Cerro Branco, Edson Lawall, o município planejava reabrir o local como um posto de atendimento. “Fazia parte do nosso plano de governo, mas respeitamos a decisão judicial. São coisas que aconteceram no passado, mas que acabaram tendo um reflexo agora”, comentou Lawall. 

 O QUE DIZ A ASSOCIAÇÃO SÍLVIO SCOPEL  - Conforme o assessor jurídico da Associação Sílvio Scopel, Lisandro Santos Machado, este desfecho era tido como ‘esperado’ pela diretoria. Com relação aos valores de débitos do processo, o advogado preferiu não comentar por questões de ética. Questionado se houve alguma tentativa de negociar com credores, Lisandro salientou que a Associação passou a gerir UPA´s e hospitais no Estado, inclusive com nomeação judicial para o encargo, e com base nos valores que recebia a título de taxa de administração, arcava com o passivo trabalhista de sua matriz. No período entre 2017 e 2020, segundo ele, a associação teria formalizado acordos e os cumprido parcialmente. “Confiamos esta gestão à pessoas que agiram com irresponsabilidade. Tudo isto sem comunicação à diretoria da Associação, a deixando na situação em que hoje se encontra, inclusive com sonegação de informações a este advogado”, disse. 

Foto: Diego Foppa • Folha