Audiência pública debate pavimentação de ruas

A fim de ampliar as discussões a respeito do projeto de lei encaminhado pela Prefeitura, que autoriza o município a contratar financiamento de cerca de R$ 14 milhões para obras de infraestrutura urbana e para a aquisição de um caminhão-pipa e de uma motoniveladora, a Câmara deciu realizar duas audiências públicas. A primeira ocorreu na noite de terça, 7, na sede do Legislativo, com abrangência para os moradores cujas ruas, conforme o projeto, receberão pavimentação asfáltica. Mais de 40 moradores participaram do encontro na Câmara. A reunião foi conduzida pelo presidente da Câmara, Celso Gehres (Progressistas), e pela presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, Alexandra Bini (Progressistas). Também participaram os vereadores Ilceu Pohlmann (PTB), Cristina Rohde (PSDB), Jorge Willian Feistler (PTB), Ginevra da Silveira (PSB), Cezar Pohlmann (MDB) e Marcelinho D'Avila (Progressistas). Em nome da Prefeitura, participaram o secretário de Planejamento, Lucas Michels; o diretor de planejamento e captação de recursos, Dionatan da Rosa; e a contadora Andreia Hubner.

Os participantes se manifestaram de forma favorável à pavimentação das ruas, apresentando alguns questionamentos e sugestões para a execução do projeto. A principal delas é de que a prefeitura não faça apenas recapeamento em cima dos bloquetos existentes na Rua Borges de Medeiros e no trecho da Rua Intendente Albino Lenz, pois na visão deles a durabilidade seria menor do que com uma base mais preparada. O empresário e representante comercial João Fernando de Andrade, o Joca, de 56 anos, participou da reunião, declarando-se totalmente favorável ao projeto. "Torço para que aconteça logo", enfatizou. Ele disse à reportagem da Folha na quinta, 9, que viaja muito e percebe que a colocação do asfalto sobre ruas já calçadas é uma prática comum. Não vê problemas nesta solução. Pelo contrário. Entende que pode trazer mais resistência ao pavimento, além de ser mais barato. Afirmou que as dúvidas das pessoas foram bem esclarcidas pelos representantes da Prefeitura. Joca, que é morador da Rua Borges de Medeiros, observou que a pavimentação traz desenvolvimento para a cidade e melhoria na qualidade de vida das pessoas, diferente da colocação de resíduos de asfalto. Afirmou que essa providência, efetivada na sua rua, só trouxe transtornos. Joca também aprovou as ruas escolhidas para receber pavimentação, que incluem o prolongamento da Intendente e a ligação com a RSC 287, junto ao trevo para a Linha Boa Vista. Alguns moradores da Rua Botucaraí também demonstraram preocupação com o escoamento da água, que pode ser prejudicado com o asfalto. O secretário Lucas disse que esse é apenas um pré-projeto e assumiu o compromisso de chamar os moradores para aprovarem o projeto final, antes de executar a obra. Michels disse também que está previsto a drenagem da água e do esgoto.

A audiência tratou sobre a conclusão da pavimentação da Rua Intendente Albino Lenz (trecho entre as ruas Nove de Maio e Lopes Trovão); Rua Borges de Medeiros (capeamento do trecho entre a Avenida Marechal Deodoro até a Rua Botucaraí); continuação da Rua Botucaraí (trecho restante entre a ERS-400 e a RSC-287), Rua 20 de Setembro (capeamento no trecho entre a Rua Borges de Medeiros e a Rua Botucaraí) e Rua Intendente Albino Lenz (capeamento no trecho entre a Rua Borges de Medeiros e a Rua Botucaraí). Na próxima terça, 14, será realizada mais uma audiência pública, para a qual estão sendo convidados os moradores das ruas que serão pavimentadas com bloquetos, sendo elas, a Rua 22 de Abril; Rua Nove de Maio; Rua Potreiro Grande; Rua Zica Kochenbrger; Rua Pastor Bohn; Rua Botucaraí; Rua Dona Aurora; Rua Garibaldi e Rua Riqueto Furlan. A reunião acontece às 19h, na Câmara de Vereadores.

Água no interior

Moradores da localidade de Três Pinheiros também estiverem presentes. Como no financiamento proposto pelo Executivo, apenas R$ 2 milhões serão destinados para o interior, sendo para a compra de um caminhão-pipa e uma motoniveladora. Eles sugeriram que um valor deste financiamento seja destinado para a conclusão de redes de água. As famílias precisam buscar água na localidade vizinha, pois falta a instalação de uma bomba no poço perfurado e conclusão da rede.