Por: Redação
Vale do Rio Pardo segue na bandeira vermelha no mapa preliminar
Segundo o governo estadual, a macrorregião dos Vales está em alerta em razão da piora de alguns indicadores, incluindo a redução na oferta de leitos para tratamento intensivo
Embora mais cinco regiões tenham sido classificadas com a bandeira laranja, o mapa preliminar da 34ª rodada do modelo de Distanciamento Controlado do governo gaúcho manteve 15 regiões em bandeira vermelha, considerada de risco epidemiológico alto para o coronavírus. Essa avaliação - que deixa 76,5% em alerta - é reflexo do alto índice de contágio e de ocupação dos hospitais pela incidência de covid-19. O mapa provisório foi divulgado no final da tarde de sexta, 25. As cinco regiões que se uniram à Taquara na identificação laranja são Novo Hamburgo, Cruz Alta, Pelotas, Bagé e Guaíba. A região do Vale do Rio Pardo, que inclui Candelária, se manteve na classificação vermelha e, pelas regras da cogestão, pode seguir os protocolos da bandeira laranja. No entanto, é de se destacar que o governo estadual emitiu, no texto de divulgação do mapa preliminar, um alerta para a macrorregião dos Vales, na qual está inserido o Vale do Rio Pardo. Confira a íntegra desta nota específica para a região:
Alerta para a Macrorregião dos Vales
As três regiões da macrorregião dos Vales já estão classificadas com bandeira vermelha no mapa preliminar desta 34ª rodada e, devido ao avanço da ocupação de leitos de UTI por pacientes confirmados para Covid-19, merecem atenção. A macrorregião registrou aumento em termos de ocupação de leitos de UTI por pacientes com Covid-19 (de 44 para 48) – valor mais alto em toda a série histórica da macrorregião. Ainda, houve redução de 50% na oferta de leitos livres para tratamento intensivo na região, que agora está com 15 unidades – na semana anterior eram 30.
Por último, o indicador relacionado à capacidade de atendimento piorou no comparativo entre as semanas. O percentual de pacientes confirmados para Covid-19 em leitos de UTI, com relação aos leitos livres, aumentou consideravelmente. Enquanto na semana passada havia 0,68 leito de UTI livre para cada leito de UTI ocupado por paciente Covid-19, nesta semana o indicador passou para 0,31 – número mais baixo entre todas as macrorregiões nesta rodada e, praticamente, igual à da macrorregião Sul da 32ª rodada, quando as regiões de Pelotas e de Bagé obtiveram bandeira preta.
Veja o restante da matéria veiculada pelo governo estadual em seu site.
Para o total do Rio Grande do Sul, houve redução no registro de novas hospitalizações confirmadas com Covid-19 (-14%) e no número de internados em leitos clínicos Covid (-6%). Já as UTIs apresentaram aumento no número de internados com coronavírus (+5%). Contabilizando os pacientes internados por Covid e também outras causas, nesta semana, houve novamente estabilidade no número de leitos de UTI ocupados. Com a abertura de leitos e o aumento dos confirmados com Covid-19 em UTI, a razão de leitos livres para cada ocupado por Covid-19 ficou praticamente equivalente.
As regiões com maior número de novos registros de hospitalizações nos últimos sete dias, por local de residência do paciente, são Porto Alegre (256), Caxias do Sul (157), Passo Fundo (103), Canoas (100) e Pelotas (61).
MUDANÇA DE BANDEIRAS
Macrorregião Sul: de vermelha para laranja
Há duas semanas, Bagé e Pelotas (macrorregião Sul) estavam em bandeira preta no mapa definitivo da 32ª rodada, as regiões retornaram à cor vermelha na 33ª rodada e, agora, aparecem com bandeira laranja no mapa preliminar desta semana. A alteração se deve à redução de alguns indicadores que compõem o modelo de Distanciamento Controlado.
Apesar de Bagé ter aumentado o número de hospitalizações confirmadas para Covid-19, de 18 para 23 (mesmo número da 32ª rodada), Pelotas teve uma redução de 25 hospitalizações: foram 61 ante 86. Já em relação ao número de óbitos, o cenário se inverte. Bagé teve uma redução de 50% (de 6 para 3), contudo, Pelotas teve um aumento significativo de 36% – foram 45 óbitos nesta semana e 33 na semana passada.
Consequentemente, a Macrorregião Sul teve um aumento no número de leitos de UTI livres, de 22 para 34, sendo que na 32ª rodada (em que a região estava em bandeira preta) eram apenas 15. Os números do indicador de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e de internados em leitos de UTI Covid no último dia se mantiveram quase estáveis, 62 e 48, respectivamente. Entretanto, o número de internados em leitos clínicos Covid no último dia aumentou de 80 para 88, mas ainda é menor do que os 102 da 32ª rodada.
Novo Hamburgo e Taquara: de vermelha para laranja
Com a mudança de bandeira nas regiões de Novo Hamburgo e Taquara, a Macrorregião Metropolitana tem metade das regiões classificadas em risco de contágio médio. Novo Hamburgo registrou queda no número de hospitalizações por Covid-19 (de 81 na semana passada para 56) e expressiva diminuição no número de óbitos (de 44 para 26). Taquara também apresentou queda nos mesmos indicadores: com redução de 10 pacientes hospitalizados (de 26 para 16) e seis óbitos, quatro a menos do que na semana anterior.
Além dos números de melhora registrados nas duas regiões, a Macrorregião Metropolitana tem 50 pacientes a menos internados por Covid-19 em leitos clínicos e aumento de 16 leitos de UTI livres, o que favoreceu a composição da média das duas regiões.
Cruz Alta (macrorregião missioneira): de vermelha para laranja
Nesta rodada, Cruz Alta retorna à bandeira laranja (risco epidemiológico médio), após estar na vermelha na 33ª rodada e ser a única com bandeira laranja na 32ª. A alteração é o resultado do número estável nos indicadores individuais – tanto hospitalizações confirmadas para Covid-19 quanto número de óbitos teve um aumento de um caso –, somados a um expressivo aumento no número de leitos da macrorregião missioneira, de 30 para 46.
RESUMO DA 34ª RODADA
Regiões que continuaram iguais (15)
VERMELHA
Cachoeira do Sul (em cogestão)
Canoas (em cogestão)
Capão da Canoa (em cogestão)
Caxias do Sul (em cogestão)
Erechim (em cogestão)
Ijuí (em cogestão)
Lajeado (em cogestão)
Palmeira das Missões (em cogestão)
Passo Fundo (em cogestão)
Porto Alegre (em cogestão)
Santa Cruz do Sul (em cogestão)
Santa Maria (em cogestão)
Santa Rosa (em cogestão)
Santo Ângelo (em cogestão)
Uruguaiana
LARANJA (1)
Guaíba
Regiões que apresentaram melhora (5)
VERMELHA > LARANJA
Bagé (em cogestão)
Cruz Alta (em cogestão)
Novo Hamburgo (em cogestão)
Pelotas (em cogestão)
Taquara (em cogestão)
DESTAQUES DA 34ª RODADA
- Novos registros semanais de hospitalizações confirmadas com COVID reduziram 14% entre as duas últimas semanas (1.372 para 1.175);
- Internados em UTI por SRAG aumentaran 1% no Estado entre as duas últimas quintas-feiras (1.140 para 1.148);
- Internados em leitos clínicos com COVID no RS reduziram 6% entre as duas últimas quintas-feiras (1.316 para 1.243);
- Internados em leitos de UTI com COVID no RS aumentaram 5% entre as duas últimas quintas-feiras (935 para 979);
- Número de leitos de UTI adulto livres para atender COVID no RS aumentou 6% entre as duas últimas quintas-feiras (de 460 para 489);
- Número de casos ativos reduziu 4% entre as últimas semanas consideradas (de 41.409 para 39.719);
- Número de registros de óbito por COVID reduziu 7% entre as duas últimas quintas-feiras (de 490 para 456).
Comparativo: situação entre 27 de novembro e 25 de dezembro
- Número de novos registros semanais de hospitalizações confirmadas com Covid aumentou 12% no período (1.047 para 1.175);
- Número de internados em UTI por SRAG aumentou 24% no Estado no período (928 para 1.148);
- Número de internados em leitos clínicos com Covid no RS aumentou 5% no período (1.183 para 1.243);
- Número de internados em leitos de UTI com Covid no RS aumentou 26% no período (775 para 979);
- Número de leitos de UTI adulto livres para atender Covid no RS reduziu 6% no período (de 522 para 489);
- Número de óbitos por Covid acumulados em sete dias aumentou 65% no período (de 276 para 456).