Por: Odete Jochims
Sessão Especial destaca conscientização e prevenção ao AVC
Na manhã de segunda-feira (20), a
Câmara de Vereadores de Candelária realizou uma Sessão Especial alusiva ao mês
mundial de conscientização e prevenção do AVC (Acidente Vascular Cerebral). A
atividade, proposta pela vereadora Ginevra
da Silveira (PSB), reuniu autoridades municipais, profissionais da saúde
e integrantes da Oficina Terapêutica
AVCista, coordenada pela voluntária Jaqueline Steffanello.
O encontro teve como objetivo
reforçar a importância da informação e da prevenção como instrumentos de enfrentamento
ao AVC, que está entre as principais causas de morte e incapacidade no mundo.
Em sua fala, Ginevra, como
vereadora proponente, destacou a trajetória de Jaqueline e o papel do grupo
AVCista na promoção da reabilitação e da autoestima dos sobreviventes. A
parlamentar lembrou, ainda, que a causa transcende bandeiras partidárias e se
fundamenta em valores humanos. “Defender a causa AVCista é defender a vida, a
dignidade e a esperança. Peço que a Secretaria de Saúde olhe com mais atenção
para esta causa. Podem ser poucos, mas são importantes e merecem políticas
públicas de acolhimento”, completou.
O prefeito Nestor Ellwanger, o
Rim, destacou a relevância da iniciativa e a necessidade de se ampliar o debate
sobre o tema. Reforçou, ainda, que a Saúde é prioridade em sua gestão. “A maior
riqueza de uma pessoa é a saúde”, frisou.
Representando a Secretaria
Municipal de Saúde, a enfermeira Daniela Roehrs, coordenadora da Atenção
Primária à Saúde, reforçou a necessidade de prevenção e acompanhamento dos
fatores de risco. “Infelizmente, na correria do dia a dia, acabamos apenas
atendendo casos já instalados. É essencial trabalhar a prevenção, especialmente
no controle da hipertensão, diabetes e colesterol. As doenças cardiovasculares
ainda são as principais causas de mortalidade no município”, observou.
“Reabilitação não é luxo, é dignidade”, afirma voluntária
A fundadora e coordenadora da Oficina Terapêutica AVCista, Jaqueline Steffanello, emocionou o
público ao relatar sua história. Vítima de um AVC hemorrágico em 2020, ela
transformou a experiência pessoal em uma missão de apoio a outros
sobreviventes. “Eu precisei reaprender a existir. Mas encontrei um novo
propósito: mostrar que existe vida pós-AVC. Cada encontro da oficina é uma
vitória: uma palavra dita, um movimento recuperado, um sorriso reencontrado”,
declarou.
Jaqueline explicou que o grupo,
criado em 2022, reúne sobreviventes, familiares e voluntários em encontros
quinzenais, atualmente realizados no CRAS
Aconchego, na Rua Botucaraí. Ela defendeu o reconhecimento das oficinas
terapêuticas como ferramentas de saúde e solicitou apoio do poder público para
garantir estrutura e acompanhamento profissional.
“Reabilitação não é luxo. É
dignidade, é qualidade de vida. Peço que Candelária se torne exemplo, criando
uma semana municipal de conscientização e prevenção ao AVC, e que o município
garanta encaminhamento neurológico e fisioterapêutico aos sobreviventes”,
destacou.




