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Opinião 08/12/2020 15:00
Por: Redação

Por Erni Bender - As belezas do Rio Grande

É interessante observar que muitas pessoas viajam para longe e não conhecem o próprio quintal

Resolvi, há uns sete ou oito anos atrás, conhecer um pouco mais do Brasil que me é palpável, não só a mim, mas à maioria dos brasileiros. Conhecer o seu lugar, suas redondezas, sua região. E comecei, por conta disso, a viajar para lugares relativamente próximos, para conhecer e admirar uma parte do meu país.

É interessante que muitas vezes as pessoas viajam para muito longe, mas não conhecem o seu quintal, e não sabem que, por exemplo, o Rio Grande do Sul é um dos estados mais lindos do Brasil, e o que é melhor, fácil de conhecer e relativamente barato.

A maioria das pessoas conhece Gramado, ponto turístico tradicional do Rio Grande, badaladíssimo e lindo, mas claro, com preços de lugar turístico, o que, as vezes, impossibilita muita gente de visitar e curtir as belezas do lugar.

Porém, o Rio Grande é muito mais que isso. Conheço diversos lugares em nosso estado que são impressionantes, mas pouco visitados. Vou exemplificar: Distante apenas 25 km de Candelária, encontra-se um dos mais belos parques do mundo, chamado de Parque Witeck. Um deslumbre, maravilhoso, o local é uma fantástica floresta com árvores do mundo inteiro, ou seja, uma viagem pelo planeta, além de oferecer lagos absolutamente magníficos. O proprietário Henrique Witeck, que gerencia o local, é um “gentlman”. Não esqueça que, por conta da pandemia, é preciso agendar a visita. Um pouco mais adiante, 70 km, na cidade de Agudo, você pode visitar a Cascata Raddatz, fabulosa, linda, pertinho, com uma boa infraestrutura para beber uma água ou o liquido que quiser. É necessário descer 132 degraus e subir depois, porém, a visão vale a pena. Existe um belvedere para se olhar a cascata de cima. Então, não necessariamente, você tem que descer.

Virando para o outro lado, temos as Minas do Camaquã, no município de Caçapava do Sul, onde Francisco Matarazzo Pignatari iniciou a exploração de cobre no local. A vila denominada Minas do Camaquã chegou a ter 5 mil moradores, hoje tem 400 e alguma coisa, mas deixou um local bonito pra se visitar, já que parte da Mina que foi abandonada foi “preenchida” com água, e que, por conta do cobre, se transformou em um lindo lago azul. Mas tem muito mais. Tem o antigo cinema que é um verdadeiro “saloon” do velho oeste, tirolesa, arvorismo e, para quem gosta, o local é tido como um dos que tem a maior quantidade de “OVNIS” do Brasil. Para quem não sabe, “Objetos Voadores Não Identificados”.

Vou parar por aqui, mas prometo que semana que vem eu continuo a contar essa história do Rio Grande, onde existe beleza e hospitalidade.