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Polícia 23/02/2018 17:02
Por: Tiago Mairo Garcia

Operação Desmanches interdita ferro velho irregular no Rincão Comprido

Peças e automóveis foram apreendidos para destruição. Proprietário informou que irá recorrer

  • Fiscalizadores interditaram ferro velho na Jango Ribeiro por estar sem credenciamento
  • Ação foi acompanhada pela Brigada Militar
  • Sucatas foram apreendidas e encaminhadas para destruição e reciclagem
  • Homens retiram veículo apreendido durante operação
  • Peças e veículos foram encaminhados para empresa em Sapucaia do Sul
  • Ferro Velho ficará fechado até estar regularizado. Proprietário irá recorrer
  • As peças recolhidas durante a operação desmanches - Fotos: Tiago Mairo Garcia - Folha

A força-tarefa de combate aos desmanches irregulares de veículos, realizada em conjunto por integrantes da Secretaria Estadual de Segurança Pública, Detran, Instituto Geral de Perícias, Polícia Civil e Brigada Militar, teve desdobramentos na tarde de ontem, 22, no bairro Rincão Comprido, em Candelária. Os agentes chegaram até o local conhecido como Ferro Velho Paulo Coimbra, na rua Jango Ribeiro. Ao constatarem que o estabelecimento não é credenciado pelo Detran, os integrantes da ação verificaram se não havia peças adulteradas, crime ambiental e furto de energia elétrica, mas não verificaram nenhum indício destes crimes. 
Conforme o coronel da Brigada Militar e coordenador da Operação Desmanches, Cesar Augusto Pereira da Silva, o proprietário do estabelecimento foi autuado administrativamente pelo Detran por estar funcionando sem credenciamento. O estabelecimento foi interditado e todo o material de peças e automóveis para desmanches foi apreendido para destruição. "O proprietário pode entrar com recurso e só poderá reabrir se estiver regularizado", frisou o coordenador. Ouvido pela Folha, Paulo Coimbra, proprietário do estabelecimento, confirmou que irá recorrer da decisão.
Em Candelária foi realizada a 57ª fase da Operação, que já vem sendo desenvolvida há dois anos. No período, foram fechados mais de 90 estabelecimentos irregulares e efetuadas mais de 60 prisões em 30 cidades. Foram recolhidos mais de 4 mil toneladas de sucatas, que foram recolhidas e recicladas. Uma empresa fez convênio com o Estado e as leva para Sapucaia do Sul, onde são recicladas. Parte do valor volta ao Estado para aquisição de equipamentos para as forças policiais. "Isso tudo com a intenção de diminuir o furto e o roubo de veículos e também que essas empresas se credenciem, como diz a lei. O credenciamento permite que se saiba a origem das peças, se torna mais seguro para o comprador saber que comprou uma peça confiável. Dessa forma tentamos combater um tipo de crime de furto e roubo de veículos, principalmente os mais antigos, dos quais são revendidas as peças", finalizou o coordenador.