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Geral 03/10/2024 09:48
Por: Arthur Mallmann

Estudantes expõem projeto de violência contra a mulher

Cabine estimula visitantes a refletirem sobre a chaga do feminicídio e outras formas de violência

Conscientizar a comunidade sobre o tema da violência contra a mulher. Este foi o objetivo do projeto “Sentindo a violência contra a mulher”, de Mariah Luize Lawall, Ana Carolina Pfafe e Eduarda da Roza, alunas da escola Guia Lopes. Ao longo do dia de terça, 1º, as estudantes instalar sua ‘cabine sensitiva’ na Casa de Cultura Marco Mallmann, que recebeu a visita de interessados e de outras escolas.

Segundo as responsáveis pelo projeto, a cabine foi projetada para engajar os visitantes de forma imersiva, utilizando três sentidos: visão, audição e olfato. Através de manchetes sobre a violência, disponível em recortes e QR codes, o público tinha acesso a reportagens reais, enquanto calçados representavam cenas de crime, trazendo à tona a realidade de inúmeras vítimas. Para reforçar o impacto, um difusor espalhava um cheiro marcante, e a música “Rosas”, da banda Atitude Feminina, ecoava no ambiente, criando uma atmosfera que fazia os visitantes sentirem o peso da violência retratada.

O projeto teve origem em um trabalho de iniciação científica em 2023, no qual uma das alunas, Mariah, escolheu estudar a Lei Maria da Penha. Quando a escola foi convidada, a partir de uma seleção da 6ª CRE, para participar da Semana da Lei Maria da Penha nas Escolas, em Porto Alegre, surgiu a ideia de criar uma ação que envolvesse o público de forma impactante. Com o apoio da professora Márcia Melchior e da diretora Ana Luísa Brandt, as estudantes decidiram elaborar uma cabine sensitiva.

A apresentação da cabine na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul durante a Semana da Lei Maria da Penha foi um marco para as alunas. Na oportunidade, o projeto chamou a atenção pela sua capacidade de provocar emoções profundas. As professoras envolvidas no projeto destacam que a ideia original partiu das alunas, que demonstraram um engajamento excepcional. 

(Fotos: Arthur L. Mallmann | Folha de Candelária)