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Geral 25/10/2024 08:37
Por: Diego Foppa

Um legado que passa de avô para neta

Moacir e Paula Thumé compartilharam uma convivência familiar e profissional permeada por troca de conhecimentos e afeto

A história da odontologia na família Thumé atravessa gerações, unindo avô e neta em uma trajetória de amor pela profissão. Moacir Thumé, hoje com 80 anos, formou-se em odontologia em 1966 e, desde então, dedicou-se a cuidar de sorrisos, atravessando décadas de mudanças e avanços. Seu legado hoje é levado adiante por Paula Thumé, que não apenas compartilhou o consultório com o avô por cinco anos, mas também herdou dele o amor pela profissão e o carinho dos pacientes.

Ao longo dos anos, a odontologia evoluiu em muitos aspectos, desde a regulamentação da profissão até as inovações tecnológicas que tornaram os tratamentos mais precisos e menos invasivos. Moacir recorda que, em sua época, muitos exerciam a profissão sem formação adequada, destacando como as emergências odontológicas eram parte constante do seu cotidiano. “O pessoal do interior vinha e dizia: ‘Seu Thumé, meu dente está doendo; você mata ele para mim’? Isso era frequente”, relembra.

Para Paula, o consultório sempre foi mais que um ambiente de trabalho. Desde pequena, ela cresceu ao lado do avô, que descreve como um segundo pai. “Nós sempre moramos aqui do lado, e meu avô sempre teve o consultório aqui. Então a minha rotina de estar em casa, de vir aqui no consultório, de ver meu avô atendendo, sempre foi muito presente”, conta. 

Paula relata que, mesmo após a aposentadoria de Moacir, muitos pacientes ainda procuram o consultório atrás do tratamento que o avô oferecia. “E é engraçado por que essas pessoas dizem: ‘tu atende igual o teu avô’, ‘tu é delicada como teu avô’”, diz Paula, com um sorriso. A satisfação dos pacientes ao reconhecerem nela o mesmo carinho e delicadeza de Moacir é um testemunho vivo do legado sendo passado adiante.

Mais que o sobrenome, o espaço físico do consultório ou a clientela fiel, o que Moacir passou para Paula foi a importância de exercer a profissão com amor. “A diferença está na pessoa que faz a profissão por amor e por gostar daquilo”, reflete Paula. Hoje, Moacir observa com tranquilidade a continuidade de seu trabalho nas mãos da neta. “Estou vendo que a sucessão está sendo correta”, diz ele, orgulhoso de ver Paula seguir os mesmos passos, mantendo vivos os valores de dedicação, amor e respeito que sempre nortearam sua prática.