Por: Arthur Mallmann
Museu celebra termo de cooperação com a Unipampa
Acordo firmado no dia 19 fortalece parceria já existente entre a entidade e a Universidade Federal do Pampa
A assinatura do termo de cooperação entre a Universidade
Federal do Pampa (Unipampa) e o Museu Municipal Aristides Carlos Rodrigues
representa mais um passo na consolidação de Candelária como um polo
paleontológico. O acordo, oficializado no dia 19 de março, reforça a parceria
entre as instituições e amplia as possibilidades de pesquisa e preservação do
patrimônio fossilífero local.
Carlos Rodrigues, curador do museu, ressaltou que a
iniciativa reforça o papel do município como sede paleontológica do Geoparque
do Vale do Rio Pardo. “O termo de cooperação possibilita o desenvolvimento de
diversos projetos e amplia as oportunidades de pesquisa e educação na região”,
destacou.
Para o professor e coordenador do Laboratório de
Paleobiologia da Unipampa, Felipe Pinheiro, trata-se de mais um tijolo na
construção de um centro de pesquisa paleontológica e de museologia no município.
"Candelária é, naturalmente, um polo paleontológico, com um museu
consolidado e uma coleção estudada em nível internacional. A ideia é fortalecer
essa estrutura, garantindo que os achados permaneçam na região e não se dispersem”,
destacou.
Dentro desse cenário, o investimento na futura sede do
museu, em um terreno localizado no entroncamento da RSC-287 com a ERS-400, é
considerado estratégico para elevar tanto o museu quanto o município de
Candelária a um novo patamar.
O professor citou como referência o Geoparque da Quarta
Colônia, onde diversos municípios coordenam a coleção paleontológica em
conjunto com o Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia
(CAPPA), vinculado à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
“Nosso objetivo é estabelecer um laboratório permanente, com
paleontólogos e estudantes de pós-graduação atuando aqui. Nesse sentido, ter um
polo logístico dedicado às pesquisas e prospecções de campo seria extremamente
benéfico para todos”, explicou Pinheiro.
O acordo tem vigência de cinco anos e possibilidade de
prorrogação por igual período.