Volta às aulas está marcada para semana que vem

 O período das férias escolares está se aproximando do fim e, na próxima semana, todas as instituições de ensino de Candelária passarão a receber novamente seus estudantes. Na rede municipal de ensino e nas escolas estaduais, as aulas reiniciarão a partir de quinta, 23. Já o Colégio Medianeira volta a abrir suas portas para os alunos um pouco antes, na quarta, 22. Para tanto, a Divisão de Trânsito tratou de reforçar as marcações das faixas de segurança próximas a educandários, de modo a garantir a travessia segura +-nos trechos de fluxo intenso de alunos.

Neste contexto de volta às aulas, a grande novidade é o retorno da vida estudantil ao prédio da Ulbra, que foi alugado pela prefeitura em novembro de 2022. De lá para cá, muito trabalho foi realizado para que o espaço desativado há cerca de sete anos volte a ser funcional. No dia 3 de fevereiro, a Folha publicou uma matéria mostrando um pouco da expectativa ao redor desta reativação, que exigiu um esforço conjunto por parte do Gabinete da Primeira-Dama, da Secretaria de Obras, do Departamento do Meio-Ambiente e da própria Secretaria de Educação para viabilizar a reocupação da estrutura.

A pequena Gabriela Moraes Chauveau e Silva, de 3 anos, é uma das mais de 200 crianças que passarão a frequentar o espaço que, durantes décadas, foi a casa do Colégio Concórdia. Ela está indo para a escola pela primeira vez e, seus pais, Cristiano Chauveau e Silva e Fabiane Moraes, já garantiram os materiais escolares para a data, que já é antecipada pela menina. “Vou brincar, pintar e fazer amiguinhos”, pontua.

Secretaria de Educação faz alerta sobre evasão escolar

De acordo com dados divulgados pela Secretaria Municipal de Educação de Candelária (SME), a rede municipal de ensino registrou um índice bastante elevado de evasão escolar em 2022. Mesmo com extensos esforços conduzidos pela equipe do programa Busca Ativa Escolar, que conseguiu reduzir os números em cerca de 50%, em torno de 140 crianças e adolescentes, entre 4 e 17 anos, não foram matriculadas ou não atingiram 75% de presença durante o ano letivo, frequência mínima exigida por lei.

Para que estes jovens não sofram com um déficit em sua aprendizagem, a SME reforça que, a partir do Conselho Tutelar e do Ministério Público, os pais podem ser responsabilizados através de diversas penalizações, como multa, perda de benefícios social e até prisão. De acordo com a Assistente Social, Alicia Oliveira, muitos pais têm deixado de matricular as crianças de 4 anos por desconhecimento da legislação. “Queremos evitar a necessidade de levar estes casos ao Ministério Público para que sejam aplicadas sanções. Além disso, nossa orientação é ainda mais importante para as famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família, pois a frequência escolar é uma das condicionalidades para receber o benefício”, afirmou.