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Geral 24/12/2021 09:31
Por: Odete Jochims

Comércio : depoimentos dão conta de um patamar de vendas semelhante ou superior ao ano passado

  • Fernando Lersch
  • Clairton Kleinert
  • Luciana Priebe
  • Rosimara Porto dos Santos

O primeiro Natal desde o início da vacinação gerou expectativas de boas vendas no comércio candelariense. Se, por um lado, os números não enchem os lojistas de entusiasmo, por outro, também não há tantos motivos para queixas. Representantes do varejo relatam pouca variação em relação às vendas do ano passado – que, no setor, não foram ruins. Por outro lado, em razão do retorno dos eventos sociais, o setor de confecções parece ter voltado ao nível de demanda que o setor tinha antes da pandemia.
Como não poderia ser diferente, os brinquedos são o carro-chefe das vendas no comércio varejista. Entretanto, há um elemento que chama atenção de Anna Lise Schmachtenberg, da loja Clip: um nível surpreendente de vendas de produtos infantis em detrimento de presentes para outras idades. Na avaliação da lojista, “é a criança que vai fazer o Natal". Rosimara Porto dos Santos, funcionária da loja Xapeca, especializada em brinquedos, corrobora a visão de Anna Lise. Segundo ela, o movimento tem sido bom. “Inclusive, as vendas estão um pouco melhores do que o ano passado”, conta.
Luciana Priebe, da loja Poko Preço, ilustra a opinião média dos vendedores: poderia estar melhor, mas está feliz com os resultados. De acordo com a comerciante, a expectativa é que as metas sejam todas atendidas até o fim do Natal, quando o movimento se intensifica. Na opinião de Luciana, apesar da pandemia ter arrefecido, muitas pessoas não estão contando mais com os auxílios vigentes no Natal do ano passado e, dependendo do setor, isso pode fazer a diferença. Possivelmente as lojas de roupas são as que mais tem a celebrar com o avanço da imunização. Fernando Lersch, das lojas Lersch, reconhece a importância do retorno de atividades externas para o setor. “Eu sinto uma recuperação nas vendas, principalmente pela volta à rotina dos eventos sociais. Isso faz com que a demanda de confecções e calçados retorne a um patamar pré-pandemia. As pessoas querem se vestir bem para sairem de casa: colocar uma roupa nova, um calçado novo. Essa é a principal diferença para o ano passado, quando estava tudo parado", analisa. Clairton Kleinert, presidente da Associação de Comércio e Indústria de Candelária (ACIC), reconhece o crescimento das vendas em comparação com o ano anterior. Na visão do empresário, a renda dos fumicultores não circulou tanto no comércio neste Natal. Alguns agricultores ainda estão no processo de colheita e há ainda impasses importantes nas negociações para o preço do tabaco. Clairton, no entanto, reserva o otimismo para o ano seguinte. “Nossa esperança é que ano que vem o dinheiro do fumo circule mais no nosso comércio", conclui.