Logo Folha de Candelária
Geral 12/08/2022 09:49
Por: Odete Jochims

Dia do advogado: as batalhas e as alegrias de uma jovem advogada

Aline Damasio, 25 anos, conseguiu sua carteira da OAB em 2020; de lá para cá, enfrentou as dificuldades de uma iniciante na profissão e, aos poucos, se consolida em sua área de atuação.

  •  Aline Damasio: amor à advocacia

Há um ditado que afirma: sem advogado, não há justiça; e sem justiça, não há cidadania. O espírito dessa máxima se faz presente na atuação de diversos advogados comprometidos com a ética da profissão. Este é o caso, por exemplo, de jovens, como Aline Damasio, 25 anos, que batalham, com muito amor ao Direito, por seu lugar ao sol.

Aline se formou na UNISC em 2020 e é advogada há pouco mais de dois anos. Com o diploma embaixo do braço no pico da pandemia, quando os escritórios dificilmente buscavam mão-de-obra, o pontapé inicial na carreira não foi nada fácil. “Eu pensei: o que vou fazer agora? Não queria sair do Direito, mas não tinha dinheiro para abrir o meu escritório. Como eu queria muito atuar na área, eu passei a atender clientes a domicílio”, relata.

No início, como os clientes eram escassos, a advogada contextualiza que era muito difícil se estabelecer em uma área de atuação específica. Por isso, trabalhou em diversos campos – até no âmbito criminal. Aline também conta que teve uma experiência muito importante como advogada dativa, ocupação remunerada pelo estado quando não há um membro da defensoria pública disponível.

Um dos casos mais especiais em sua trajetória de advogada iniciante envolveu uma de suas primeiras clientes. Tratava-se de uma trabalhadora rural que buscava se aposentar. “Este ano já existe jurisprudência afirmando ser possível utilizar o tempo de aposentadoria rural a partir dos 8 anos de idade, mas no final de 2020 este não era o caso. E a minha cliente só fecharia o tempo de contribuição se estes anos fossem contabilizados”, revela.

Depois de ter o pedido negado tanto no INSS, quanto no processo judicial posterior, a cliente seguiu confiando na advogada.Então foi feito um recurso ao tribunal e, há cerca de dois meses atrás, foi reconhecido que a cliente tinha direito à aposentadoria com direito aos valores atrasados. “Foi um caso que mexeu muito comigo. Ela confiou bastante em mim, mesmo quando o caso foi rejeitado duas vezes”, ressalta.

Com passos pequenos, mas constantes, Aline viu a clientela aumentar. A partir daí, estabeleceu um escritório junto à sua residência, na Rua do Cerro, e agora atende exclusivamente no local. Mais estabelecida como advogada, a jovem passou a se especializar em Direito Previdenciário e do Trabalho, tema em que atualmente se dedica na pós-graduação. “Todas as áreas do Direito lidam com a vida das pessoas, mas eu me afeiçoei ao Direito Previdenciário por lidar com pessoas que necessitam de um olhar especial”, finaliza. ( por Arthur Lersch Mallmann)