R?u ? condenado a um ano

Em julgamento a que foi submetido na última sexta-feira, 15, o agricultor Rui Coimbra, 39 anos, foi condenado a um ano de detenção, pena substituída posteriormente pelo juiz Gérson Martins da Silva por prestação de serviços comunitários em razão do processo estar em exame de prescrição.
Os fatos que deram origem ao júri se deram no dia 8 de maio de 1996, em uma cancha de bocha na rua Marechal Deodoro, onde atualmente funciona a Galeria Klafke. Na denúncia apresentada pelo Ministério Público, o promotor de justiça sustentou que na ocasião Rui tentou matar a tiros Adonildo Moura dos Santos. O então acusado estava passando pelo local quando viu que Santos jogava cartas no bar do estabelecimento. Como Adonildo havia matado o pai de Rui em 1990, motivado pelo sentimento de vingança ele teria entrado na cancha e se aproximado de Adonildo, sacando a arma que carregava na cintura e efetuado os disparos. Adonildo escapou ileso dos tiros, fugindo por uma abertura nas paredes do estabelecimento. Porém, uma das balas perdidas acabou alvejando fatalmente Ildo Feiber, mais conhecido como Miltinho da Bocha, que estava no local jogando cartas. Miltinho chegou a ser socorrido, mas morreu logo após dar entrada no hospital, por conseqüência de hemorragia na região do tórax.
Para defender Coimbra, o advogado Sílvio Francisco de Moraes sustentou as teses de legítima defesa real e putativa. Ambas foram reconhecidas pelo corpo de jurados, que, no entanto, apontaram excesso culposo nos dois casos. Julgada procedente a denúncia, o juiz condenou Rui Coimbra a um ano de detenção, que o réu deverá iniciar a cumprir em regime aberto no presídio local. O promotor Elemar Grabner disse ontem que irá recorrer da sentença junto ao Tribunal de Justiça.