Sobre a condenação de Lula
Ao contrário da grita geral de que não se provou que Lula é o proprietário do apartamento, a essência do crime é a de ser às escondidas. O crime aconteceu porque houve uma dissimulação.
Ao contrário da grita geral de que não se provou que Lula é o proprietário do apartamento, a essência do crime é a de ser às escondidas. O crime aconteceu porque houve uma dissimulação.
Não se trata de alardear falsamente alguma coisa, mas de falsificações da própria coisa. De juntar dois conceitos contraditórios para fazer de conta que algo é o que não pode ser.
Caso Temer também fosse cassado, não haveria mais como sustentar a falácia de que Dilma fora derrubada por um golpe.
Pode ser que eleições sejam convenientes agora. Pode ser até que sejam recomendáveis em vista da bagunça imperante. Mas de modo algum resolvem quaisquer dos problemas criados com o passar do tempo pelo próprio estado.
Armados com o conhecimento de que a realidade sempre vai nos causar dor, as adversidades, por maiores que sejam, apesar de nos fazer padecer, não nos espantam, pois então saberemos que a aflição realiza o próprio fim da vida.
Se na democracia há uma indicação e um consentimento formal, em qualquer forma de governo tem de haver pelo menos um consentimento tácito.
Se o Brasil fosse composto de pessoas normais, dentre elas os partidários de Lula, elas se sentiriam embaraçadas por seu ídolo ser acusado de praticar crimes enquanto e por ser presidente.
“Invertendo o raciocínio, a constatação da pesquisa prova pelo menos que não é correto afirmar que todos os pobres se veem como vítimas da sociedade, dependentes do estado e que querem uma revolução para mudar tudo”.
“Democracia é exatamente o contrário do que se pratica no Brasil. Democracia como foi pensada modernamente é um arranjo político em que o poder do estado é reduzido e limitado”.
Artigo relaciona a banalidade do Mal, expressão usada pela filósofa Hanna Arendt, para tecer comentários sobre o politicamente correto