Sobre a intolerância e o ódio
É possível que o ódio seja o mais potente sentimento de hostilidade que os humanos são capazes de produzir. Pensado por este caminho, não deve haver sentimento paralelo nas demais espécies animais conhecidas.
É possível que o ódio seja o mais potente sentimento de hostilidade que os humanos são capazes de produzir. Pensado por este caminho, não deve haver sentimento paralelo nas demais espécies animais conhecidas.
Para se superar o caos, deveríamos reservar as prisões para os crimes dolosos contra a vida, crimes com violência e crimes sexuais, tratando os demais, preferencialmente, com penas alternativas e socialmente úteis.
São os jovens que se evadem da escola pública aqueles que estão mais amplamente expostos aos riscos da socialização em comunidades menores e ultraviolentas.
Penso que o fato de estarmos sendo apresentados à política real e ao Brasil verdadeiro seja muito importante. A corrupção agora exposta existiu durante décadas e alimentou os mais diversos governos.
O governo Temer, entretanto, virou paisagem. Faz parte do cenário que se imagina inalterável e com o qual devemos conviver como se, de fato, tivéssemos um governo.
Poucas de nossas escolas estão minimamente capacitadas para agir preventivamente e, como regra, não há serviços efetivos à disposição de adolescentes com ideação suicida.
A tendência mais provável é a de que as eleições de 2018 promovam as chances de “outsiders”. Lideranças, em síntese, não identificadas com o sistema, que “correm por fora” da tradição.
É preciso reconhecer que a maior loucura está instalada na realidade, faz parte dos protocolos cotidianos das instituições e diz respeito à essência das narrativas que constituem os sujeitos e os partidos.
A esquerda brasileira tampouco é liberal. Para ela, liberalismo é um palavrão, resultado da redução do conceito a sua expressão econômica, desconsiderando a tradição dos direitos civis e a própria ideia de direitos humanos.
O debate público exige que os participantes tenham presente, de início, seus campos de ignorância. Somos todos ignorantes sobre muitas coisas e ter uma ideia - aproximada, pelo menos - daquilo que ignoramos é muito útil.
Quando lidamos com rótulos e com noções preconcebidas, deixamos de reconhecer fenômenos, fatos e características que contrariam nossos pressupostos. Lidamos, assim, com “vendas” e “viseiras".
Até que ponto não estamos todos superlotados de histórias únicas? Até que ponto a dignidade das pessoas não tem sido subtraída pela repetição insistente de estereótipos?
Para que a pós-verdade triunfe, é preciso que as garantias individuais sejam soterradas, que a ciência seja ignorada e que fenômenos como a violência e a corrupção se transformem em paisagem.
“Proposições autoritárias, que lidam com sentimentos elementares de identificação grupal e que oferecem promessas de ordem, por seu turno, serão tão mais populares quanto menor for a cultura democrática do público”.
“Aos milhões de brasileiros pobres que passaram pelas prisões ao longo dos anos, não asseguramos trabalho nem estudo. O que reservamos a eles, mesmo após o cumprimento de suas sentenças, é o estigma”.
Em que área o RS constitui vanguarda nacional? Quais os setores de excelência que, na comparação com os demais estados, se destacam?